Com objetivo de ampliar as possibilidades de inserção de pessoas privadas de liberdade após o cumprimento da pena no mercado de trabalho, foi oferecido aos reeducandos da Casa Prisão Provisória (CPP) de Porto Nacional o curso de Assistente de Planejamento, Programação e Controle de Produção. Na manhã de sexta-feira (19), foram formados 11 detentos.
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O curso é oferecido pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e voltado ao público prisional. A iniciativa é fruto de uma parceria federal entre o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e o Ministério da Educação (MEC).
Segundo o gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda ao Preso e Egresso, Leandro Bezerra de Sousa, a gestão esteve muito empenhada em viabilizar a execução dos cursos do Pronatec e proporcionar mais oportunidades aos apenados.
“Hoje é possível vivenciar os resultados alcançados durante a apresentação dos projetos realizados pelos participantes do curso, vemos o quanto eles aprenderam, e o quando o curso pôde contribuir com cada individualidade, e assim com a remição e com o processo de reintegração social deles”, garantiu.
O Curso
O Curso de Assistente de Planejamento, Programação e Controle de Produção tem certificação com carga horária de 160h/aula e o objetivo de preparar profissionais para auxiliar no planejamento e controle da produção dos processos industriais, de acordo com normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, higiene e saúde. A aula final do cursocontou com a presença de familiares dos reeducandos.
Para o reeducando, O.S.N., 50 anos, o curso ajudou a enxergar novos caminhos. “Agradeço os órgãos responsáveis pela promoção do curso, pois estando preso há exatos três anos, o curso me mostrou o quanto preciso de informação para a vida. Ele me deu base para voltar a sonhar em empreender. Mesmo estando preso, reconheço que tenho um valor!”, disse.
O professor do Pronatec, Joran Junior, responsável pelas aulas do curso acredita que a formação proporcionou novas perspectivas aos apenados, tanto na área profissional quanto a pessoal e social. “Eles puderam fazer um planejamento de um empreendimento para realizar em sua saída do sistema. Ver a esperança de uma nova vida, nos olhos de uma pessoa que está detida, não tem preço”, afirmou.