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No momento em que R$ 3,6 milhões foram encontrados em um apartamento localizando na região norte de Palmas, o primo do então secretário Edmilson Vieira das Virgens, informou à Polícia Federal que desconhecia o conteúdo do cômodo e o supôs que o local era destinado para “encontros românticos”. A informação consta no relatório da PF.
Câmeras registraram Edmilson visitando o local com frequência e entrando com mochilas.
Edmilson, que estava à frente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais de Palmas, foi preso em flagrante sob suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção durante investigações de fraudes em contratos públicos da Prefeitura de Palmas. Ele foi exoneração após a repercussão do caso.
O imóvel, locado em nome do primo de Edmilson, encontra-se na ARNE 64 (508 Norte). Ao chegar no local, a Polícia Federal deparou-se com um dos quartos trancado, cuja chave estava ausente. O primo também alegou supostos objetos íntimos de Edmilson no recinto.
Diante da falta de chave, os investigadores tiveram que forçar a entrada no quarto. Na presença de testemunhas, no local foi encontrado um baú cobrindo pastas da prefeitura, sob o qual estavam os R$ 3,6 milhões em dinheiro, armazenados em caixas de papelão e bolsas, além de joias.
Documentos encontrados na casa de Edmilson apontam para uma ligação estreita com Fernanda Rodrigues da Silva, ex-secretária executiva da Secretaria Municipal de Educação, igualmente sob investigação por propina em contratos e que também foi exonerada.
No apartamento de Edmilson, papéis timbrados da prefeitura continham anotações que podem indicar detalhes de possíveis pagamentos ilícitos nos contratos em questão. Uma mochila contendo R$ 43.950 também foi apreendida.
Edmilson atuou como secretário da Prefeitura de Palmas desde 2017, servindo em duas gestões diferentes. Ele foi exonerado junto com outros envolvidos em corrupção, incluindo Fernanda Rodrigues da Silva e a secretária executiva de educação Fátima Sena. Os três são suspeitos de corrupção em contratos no total de R$ 30 milhões.
Edmilson passou uma noite sob custódia antes de ser libertado mediante pagamento de fiança de R$ 120 mil. O advogado de Edmilson optou por não fazer declarações enquanto se inteira das investigações.
Além de sua posição como servidor público, Edmilson também é proprietário de uma empresa de joias, estabelecida em dezembro de 2022 com um capital social de R$ 81 mil.
Investigações
As investigações envolvem contratos sob suspeita, incluindo transporte escolar no valor de R$ 19,9 milhões, o que, de acordo com a PF, resultaria em um custo diário de aproximadamente R$ 110 mil para o município.
Outro contrato em análise é a compra de kits pedagógicos para escolas municipais no valor de R$ 14,9 milhões, que foi realizado sem licitação e, além disso, levanta suspeitas de pagamento de propina a agentes públicos.
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