Conforme anteriormente anunciado pelo governo do estado, a ponte de Porto Nacional foi totalmente interditada no final da tarde dessa quinta-feira (7). De início uma grande fila de veículos se formou nos dois lados da estrutura, os tentavam negociar a travessia. A Polícia Militar faz a segurança no local.
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A Agência Tocantinense de Transportes e Obras informou que só será permitida a travessia de pedestres, ciclistas e motociclistas. Segundo o governo do estado, está é a atitude mais sensata a ser tomada no momento.
A interdição total começou por volta das 18h. Os fiscais usaram cones para impedir a passagem dos veículos. Nos primeiros minutos um motorista desobedeceu a ordem de parada, ignorou a sinalização e seguiu viagem pela ponte.
Depois disso a equipe estacionou um trator e uma caminhonete no meio da rodovia que dá acesso a ponte.
A medida acontece após o Ministério Público novamente requerer o cumprimento de uma decisão judicial que obriga o estado a adotar medidas para garantir a segurança dos usuários que trafegam pela ponte.
Condições da ponte
A ponte de Porto Nacional foi construída há mais de 40 anos e o ultimo laudo técnico, feito em 2011, apontou aumento significativo de danos em sua infraestrutura em relação ao diagnóstico de 2003. Situação que levou, na época, à restrição do tráfego de veículos com peso acima de 30 toneladas e limitação de velocidade.
O laudo apontou ainda que a ponte entraria em colapso, em algum momento nos próximos 10 anos, ou seja, até 2020, com aumento de 10% da probabilidade de ocorrência a cada ano.
Troca de farpas
O governador Mauro Carlesse e o prefeito de Porto Nacional trocaram farpas na manha dessa quinta feira, quando acompanhavam os trabalhos de vistoria na ponte.
Maia criticou decisão do governo de interditar a ponte. Segundo ele, a medida foi precipitada e vai prejudicar a população do município, já que pelos cálculos da prefeitura cerca de 6 mil moradores vão ficar isolados em distritos e assentamentos.
Segundo o prefeito, fechar totalmente a ponte, sem ter um mecanismo de se fazer a travessia da população de um lado para o outro traz exatamente um aspecto muito forte para a nossa cidade.
“Limitar completamente a passagem da população de um lado para a outro faz com que a gente tenha um transtorno enorme para a população de Porto Nacional”, disse.
Já o governador, comentou a questão e disse que a prioridade do governo é evitar que algum acidente no local termine com vítimas.
Balsa
Uma das alternativas anunciadas pelo governador Carelesse é a instalação de balsa para fazer a travessia enquanto a tão esperada ponte nova não é construída.
A balsa deve começar a funcionar em março, porém o governador já avisou, vai ser paga.
A instalação de uma balsa no rio da cidade já tinha sido determinada por Carlesse quando ainda exercia o governo de forma interina, após a cassação de Marcelo Miranda, em abril do ano passado.
De lá pra cá, Carlesse foi eleito para o mandado tampão e depois reeleito nas eleições de outubro, e só depois do problema voltar vir a tona, voltou a anunciar a balsa.
Como fica o acesso
Para quem usa a TO-255 ou necessita ter acesso ao trecho da TO-255, que liga Porto Nacional a BR-153, a alternativa é utilizar a rota que engloba as TO’s -454/455/080, que liga os Distritos Escola Brasil e Luzimangues, e realizar a travessia pela ponte Fernando Henrique Cardoso, em Palmas.
A novela da nova ponte
A anunciada nova ponte sobre o rio Tocantins continua sendo muito esperada pela população de Porto Nacional. Uma grande festa foi promovida na cidade pelo governo do estado e prefeitura local para marcar a assinatura da ordem de serviço. A previsão na época, era que o início da obras seria outubro de 2017, mas até agora não começou.
O governo do estado alegou que os recursos do financiamento, no valor atualizado de R$ 130 milhões, ainda não foram liberados pela CAIXA, mas a expectativa é que isso aconteça em breve. Um breve que ao passar dos anos ainda não chegou.9
A nova ponte terá 1.488 metros de extensão, sendo 1.088 m de armação de concreto e 400 metros de aterro. De acordo com informações da Ageto, chegou a ser realizadas todas as sondagens e concedidas as licenças ambientais à Rivoli do Brasil S.P.A, empresa ganhadora da licitação.
Posteriormente, a Justiça proibiu a Caixa de fazer empréstimos ao estado. Um deles seria para construir a nova ponte de Porto Nacional.
Posteriormente a a empresa que venceu aquela licitação para construção da ponte foi impedida pela Justiça de fazer o trabalho.
Uma nova licitação depende de um empréstimo internacional. O governo disse que está marcada para a próxima semana uma reunião com o Tesouro Nacional em Brasília para pedir o adiantamento dos recursos.