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Uma operação foi deflagrada nesta quinta-feira (11), pela Polícia Federal para investigar uma uma quadrilha especializada em extraviar encomendas dos Correios. A investigação foi realizada pela Superintendência do Tocantins da corporaçãp porque existem indícios de que os desvios eram realizados no trajeto entre Palmas e Brasília (DF).
Nesta quinta, 27 policiais cumpriram três mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão. As ações foram em cidades do Distrito Federal e Goiás, incluindo buscas em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Todos os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Justiça Federal em Palmas.
Esta nova operação foi chamada de Extravios II e é um desdobramento da Operação Extravios, que foi deflagrada pela PF em dezembro de 2020. Na época, suspeitos de integrarem o grupo foram presos. A ação contou com o apoio da área de segurança corporativa dos Correios e que os desvios eram feitos através de uma empresa terceirizada, contratada pela instituição para prestar serviços.
Segundo a investigação, há fortes indícios do envolvimento de alguns motoristas da terceirizada no esquema. Eles teriam, durante os percursos, permitido o acesso de outros integrantes do grupo aos compartimentos de cargas dos caminhões para que realizassem os furtos.
Os suspeitos teriam ainda desenvolvido um método que permitia a abertura dos lacres de segurança dos Correios e depois o fechamento deles sem que fossem destruídos. O objetivo era que os objetos fossem reaproveitados e que os Correios não pudessem alegar que os compartimentos de cargas dos caminhões teriam sido abertos em momento indevido.
Um levantamento inicial incida quer as ações da organização geraram um prejuízo de pelo menos R$ 477.767,54 à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, porque ela era obrigada a indenizar os remetentes das encomendas.
O prejuízo já levantado, segundo os Correios, é referente a apenas uma das linhas da terceirizada, entre Brasília e Belo Horizonte.
Esta nova fase é destinada a realizar a prisão daqueles que a polícia acredita serem os principais integrantes do grupo, responsáveis por cooptar os motoristas.
Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, furto e associação criminosa.
Durante as buscas, a PF apreendeu dezenas de objetos que podem ter sido desviados, incluindo roteadores, máquinas de cartão, relógios, rádios de comunicação e outros eletrônicos.
*Por G1