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O policial militar Sayno Oliveira Silva foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão por causar o acidente que resultou na morte de Brenda Miranda Lima, de 23 anos, e Lucas Alberto Rocha, de 25 anos, em 2017. A colisão ocorreu no perímetro urbano da BR-153. Durante o Julgamento, o PM pediu perdão, “se eu errei, eu peço perdão”. (Veja o vídeo abaixo)
O julgamento por júri popular foi realizado recentemente, em Araguaína, no norte do Tocantins, no último dia 6. O Ministério Público planeja recorrer da sentença, enquanto o contato com a defesa de Sayno Oliveira ainda está sendo buscado, havendo a possibilidade de apresentação de recurso por parte dele.
O acidente aconteceu na madrugada de 2 de janeiro de 2017, quando o carro do policial militar atingiu a moto em que Lucas e Brenda estavam, ambos os veículos seguindo na mesma direção. Apesar dos esforços de socorro, o casal não sobreviveu aos ferimentos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o policial militar estava embriagado e dirigia a uma velocidade de 111 km/h quando colidiu com a traseira da moto. Testemunhas relataram que ele efetuou disparos para o alto na tentativa de dispersar as pessoas presentes no local.
É importante ressaltar que, no dia do acidente, nenhum teste de bafômetro foi realizado pelas autoridades que responderam à ocorrência.
Pedido de perdão
Durante o julgamento, o policial militar Sayno Oliveira Silva, pediu perdão pelo acidente que matou o casal, em 2017. “Não sei por que houve essa situação. Eu sei que todos nós cometemos erros. Se eu fui negligente naquele dia, se eu errei, eu peço perdão”, disse.
Veja o vídeo com um trecho do depoimento:
O julgamento
Sayno Oliveira Silva estava respondendo ao processo em liberdade. O julgamento teve início às 8h e encerrou às 23h20, durante o qual foram ouvidas duas testemunhas de acusação, duas testemunhas de defesa e o depoimento do réu.
O Ministério Público informou que Sayno foi condenado por homicídio com dolo eventual, lesão corporal grave, embriaguez ao volante e disparo de arma de fogo. No entanto, ele foi absolvido das acusações de ameaça e lesão corporal leve.
Durante o julgamento, Sayno declarou que se considerava “um agente passivo na situação” e afirmou que nunca teve a intenção de causar o acidente. Ele admitiu estar dirigindo, mas negou ter consumido álcool e alegou ter sido confundido com um amigo que estava embriagado e também estava no veículo.
Em relação à velocidade, ele expressou surpresa com as acusações, mas não negou que estava acima do limite e pediu perdão. Disse que não sabia o que o levou a agir daquela forma e que não se recordava dos detalhes, mas se reconhecesse negligência de sua parte, também desejava que a justiça fosse feita, sem ser uma justiça vingativa.
A 1ª Vara Criminal de Araguaína permitiu que Sayno permanecesse em liberdade até o trânsito em julgado da sentença, ou seja, até esgotarem-se todas as possibilidades de recursos. Além disso, foi determinada a perda da carteira de habilitação durante o cumprimento da sentença, mas ele só será obrigado a entregá-la após o trânsito em julgado.