PF investiga se Ronaldo Eurípedes vendeu liberdade para Duda Pereira

Duda é acusado de mandar matar o empresário Vencim Leobas em Porto Nacional, em 2016. Eurípedes é o principal alvo da operação que investiga venda de sentenças.

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O principal alvo da operação Toth, deflagrada na manhã dessa quarta-feira (15), pela Polícia Federal, o ex-presidente do Tribunal de Justiça doo Tocantins, o desembargador Ronaldo Eurípedes é investigado por suposta venda de Habeas Corpus que concedeu a Eduardo Pereira, conhecido como Duda Pereira. A operação da PF investiga venda de sentenças judiciais no estado.

Duda, que é ex-presidente do sindicado de  donos de postos de combustíveis do estado, é acusado  de ser o mandante do assassinato do empresário Wenceslau Gomes Leobas, conhecido como Vencim. O crime ocorrem eu 2016, em Porto Nacional.

O desembargador, a mulher dele Inês Ribeiro Borges de Sousa e Duda Pereira foram intimados para prestar depoimento e compareceram na sede da Polícia Federal.

Duda Pereira se entrega
| Foto: Divulgação

Conforme a Polícia Federal, mais de 50 policiais cumprem 13 mandados de busca e apreensão nos municípios de Palmas, Araguaína, Formoso do Araguaia, Mara Rosa (GO) e Teresina (PI), além de 39 mandados de intimação.

A PF também investiga outra decisão que concedeu liberdade para o mandante de uma chacina de ciganos em Araguaína. O crime aconteceu em 2012 e dois envolvidos no caso foram condenados a mais de 70 anos de prisão. Esse Habeas Corpus também motivou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a abrir um Processo Administrativo Disciplinar para investigar suposta venda de decisão judicial pelo desembargador.

O ex-procurador de Justiça, Clenan Renault e dois filhos dele também são alvos. Mandados foram cumpridos na casa de Renault e os investigados foram intimados para prestar depoimento na Polícia Federal.

PF no TJTO

O crime

Vecim foi baleado em Porto Nacional no dia 28 de janeiro, quando saía de casa para trabalhar. Ele morreu no dia 14 de fevereiro de 2016 após ficar 17 dias internado. A polícia prendeu no mesmo dia da emboscada ao empresário portuense dois suspeitos, um deles chegou a confessar a participação no crime. Os dois acusados de executar o crime Alan Sales Borges e José Marcos de Lima iriam a júri popular, no entanto José Marcos foi encontrado morto dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), em março deste ano.

A denúncia contra Duda Pereira foi aceita pelo juiz em julho do ano passado. Ele é acusado de ser o mandante do crime e seu processo contra corre separadamente.

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