PF faz operação contra suspeito de financiar e induzir indígenas a autorizar desmatamento no Tocantins

Mandado foi cumprido na casa do suspeito. Ele ainda agiria comercializando a madeira extraída para receptadores na região de Pedro Afonso e Guaraí.

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Policiais federais cumpriram nessa quinta-feira (15) um mandado de busca e apreensão contra um homem apontado como responsável pelo desmatamento em território indígena Xerente. A ação, batizada de Operação Ouroboros, aconteceu em Guaraí, na casa do suspeito, que não teve o nome revelado.

Segundo a Polícia Federal, Durante investigação que apura o crime ambiental, diversas testemunhas apontaram o investigado como responsável pelo desmatamento, financiamento e ainda a compra a compra e venda de madeira do território composto por terras Xerente e Funil, localizado no lado leste do rio Tocantins, a 70 km de Palmas.

Além de testemunhas, lideranças da região informaram aos agentes federais que o desmatamento já acontece há alguns anos com ajuda de terceiros. Ele estaria aliciando indígenas a autorizar a extração ilegal. O material retirado do meio ambiente era vendo a receptadores de Pedro Afonso e Guaraí, municípios na região centro norte do Tocantins.

Agora, a operação investiga a identificação de outros envolvidos no esquema de desmatamento receptação e comércio ilegal de madeira.

Se for responsabilizado pelo crimes, previstos na lei de crimes ambientais, o suspeito poderá ser condenado a sete anos de prisão no mínimo.

A PF informou que o nome da operação, Ouroboros, é a representação gráfica de um dragão em forma circular, que engole a própria cauda. Foi utilizado para fazer referência às consequências da degradação do meio ambiente que voltam ao próprio ser humano.