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Policiais federais cumprem, nesta quinta-feira (25), três mandados de busca e apreensão relacionados à Operação Quinta Coluna. A ação investiga a atuação de uma associação criminosa que utilizou aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para mandar drogas para a Espanha.
“As medidas buscam robustecer as provas que ligam militar da FAB, que seria o responsável pelo recrutamento de ‘mulas’, com pessoas relacionadas ao tráfico ilícito de entorpecentes”, adiantou a PF em nota.
Os mandados de busca, expedidos pela 12ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, são cumpridos em áreas nobres da capital federal, como Lago Sul e Asa Norte, e também em Águas Claras, região administrativa a 23 km do centro de Brasília.
As investigações são um desdobramento do caso que envolveu o sargento tocantinense Manoel Silva Rodrigues, flagrado com 39 quilos de cocaína em um avião da comitiva presidencial em 2019.
Entenda
No início de fevereiro deste ano, a PF, em outra etapa dessa mesma operação, cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, além de dois outros mandados que restringiram a comunicação dos investigados e a saída do Distrito Federal.
Na ocasião foi determinado, pela Justiça Federal do Distrito Federal, o sequestro de imóveis e de veículos dos envolvidos no esquema criminoso. De acordo com a PF, as investigações abrangem também a “lavagem de ativos” que teriam sido obtidos por meio dessa prática criminosa.
Em junho de 2019, o Comando da Aeronáutica instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias de prisão de um militar brasileiro no aeroporto de Sevilha, por suposto envolvimento no transporte de drogas em avião militar.
Uma operação deflagrada hoje pela Justiça Militar reforçou a suspeita de que homens então ligados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, comandada pelo general Augusto Heleno, um dos órgãos mais estratégicos do país, tinham participação direta no esquema de tráfico de drogas para o exterior usando aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo as investigações, dos quatro militares presos, dois estavam lotados no GSI quando uma organização criminosa, segundo a Justiça Militar, passou a usar aeronaves oficiais para transportar entorpecentes, aproveitando as brechas no controle de bagagens e as permissões privilegiadas dos militares para transitar em aeroportos pelo mundo.
*Com informações da Agência Brasil