Operação mira suspeitos de integrar quadrilha que usa artilharia antiaérea para assaltar carros-fortes

Em um dos casos o grupo aterrorizou moradores de povoado em Arapoema, no norte do Tocantins, durante uma tentativa frustrada de assalto. Policiais cumprem 8 mandados de prisão e fazem buscas em 3 estados.

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Uma operação foi deflagrada pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (9), para localizar e prender oito suspeitos de integrar uma quadrilha que usa metralhadoras ponto 50, capazes de derrubar aviões ou perfurar tanques de guerra, durante assaltos a carros-fortes. O grupo é investigado pela tentativa de roubo que terminou em um tiroteio e aterrorizou moradores de um povoado chamado 19, na zona rural de Arapoema, em agosto do ano passado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, até às 11h30 seis homens suspeitos foram presos. A pasta disse que os mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça foram cumpridos nos estados do Maranhão, Pará e Pernambuco, restando dois que ainda devem ser cumpridos nas próximas horas.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis localizadas nos três estados.

No ano passado, a quadrilha teria atacado também outro carro-forte na cidade de Marabá (PA) e desta vez conseguiu levar o dinheiro. Em janeiro 2020, eles teriam realizados mais dois assaltos no território paraense, um deles na BR-010, entre as cidades de Ipixuna do Pará e Paragominas.

O crime mais recente teria sido em 30 de janeiro quando os criminosos fizeram cerca de 25 pessoas reféns durante um assalto a banco também em Ipixuna do Pará.

Foto: Divulgação/SSPTO

A ação desta quinta-feira é a segunda fase da Operação Guerra Justa, que começou em abril deste ano com a prisão de três pessoas. Na primeira etapa foram apreendidas as evidências que baseiam as novas prisões. Em um sítio na zona rural de Xinguara (PA) foram localizados carregadores de metralhadora e detonadores de dinamite.

Os policiais acreditam que desde a tentativa de assalto no Tocantins o grupo conseguiu adquirir pelo menos mais duas unidades da artilharia antiaérea, ao custo de R$ 200 mil cada.

As armas seriam transportadas em caminhões de uma madeireira, localizada em Cabrobró (PE). A empresa, que seria de fachada, era utilizada para encobrir as atividades criminosas. O grupo teria movimentado mais de R$ 1 milhão desde a tentativa frustrada de assalto no Tocantins.

Equipes policiais dos quatro estados envolvidos estão em campo na busca pelos criminosos.