Operação mira quadrilha que teria conseguido R$ 4 milhões com golpes no WhatsApp no Tocantins, Goiás e Maranhão

Segundo a Polícia Civil, o grupo era especializado em invadir contas e pedir dinheiro se passando por amigos ou familiares das vítimas. Agentes cumpriram 17 mandados de busca e 36 pessoas são investigadas.

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Uma operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Tocantins, nesta quinta-feira (16), com objetivo de investigar uma quadrilha especializada em golpes através do aplicativo WhatsApp. Conforma a corporação, a suspeita é de que o grupo movimentou pelo menos R$ 4 milhões com os crimes. Eles invadiam contas de usuários da ferramenta e então entravam em contato com amigos e familiares pedindo dinheiro emprestado.

Nesta fase foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em três estados: Tocantins, Maranhão e Goiás. Não houve prisões. Os endereços alvo das buscas seriam ligados a integrantes da quadrilha. Ao todo, 36 pessoas estão sob investigação.

Chamada de ‘Male Habitu’, que em latim significa ‘mal disfarçadom a operação é coordenada pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC). No Tocantins, houve ações nas cidades de Palmas, Porto Nacional Araguatins e Augustinópolis.

As ordens judiciais também foram cumpridas em Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Imperatriz (MA) e Timon (MA). Várias unidades da Polícia Civil em três estados colaboraram.

De acordo com o delegado Lucas Brito Santana, foram apreendidos computadores, aparelhos celulares, cartões de crédito de bancos digitais, máquinas de passar cartão, HDs, além de outras mídias.

“A associação também possui uma divisão de tarefas, sendo que alguns integrantes ficam responsáveis por identificar possíveis vítimas que e outros indivíduos participavam do esquema criminoso cedendo suas contas para onde o dinheiro das fraudes eletrônicas era depositado e depois repartido entre os autores”, explicou o delegado.

Ainda segundo a polícia, este tipo de crime é classificado como estelionato, na modalidade fraude eletrônica. Um dos principais desafios da polícia é rastrear para onde vai o dinheiro após as vítimas enviarem os valores. “Após a transferência, os proveitos ilícitos são imediatamente pulverizados, por meio de novas transferências, saques, pagamento de boletos falsos e outras transações”.