Netos e filhos enterram avó com as mãos após não encontrarem coveiro em cemitério; Vídeo

Caso aconteceu em Miranorte, na região central do Tocantins. 'Tristeza, raiva e revolta', resume familiares que ainda precisaram remover água da chuva que alagou cova e descer o caixão sem cordas.

Netos e filhos de uma idosa de 87 anos precisaram realizar o sepultamento da própria avó sob forte chuva no Cemitério São João Batista, em Miranorte, região central do do estado. Segundo familiares, a ausência do coveiro no local gerou revolta na família, que teve de enfrentar a situação de forma improvisada.

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O caso repercutiu nas redes sociais. Assista o vídeo:

Entenda

Segundo Tharwelcy Noleto, neta da idosa, a família chegou ao cemitério por volta das 17h, horário marcado para o sepultamento, e encontrou a cova pronta, mas cheia de água devido à chuva. Não havia coveiro nem ferramentas disponíveis, como cordas ou pás.

“Quando chegamos, não encontramos o coveiro. A cova estava alagada, e fomos nós que retiramos a água e fizemos todo o sepultamento”, relatou Tharwelcy.

A idosa, que havia sido velada desde a manhã de domingo (5), teve seu enterro marcado por dificuldades e sentimentos de “tristeza, raiva e revolta”, segundo os familiares.

Problemas adicionais

Ana Gabryele Ferreira Costa, outra neta da idosa, contou que havia combinado com o coveiro o horário do enterro, mas ele desapareceu sem explicações após uma forte chuva. Ela também destacou que o tamanho da cova estava inadequado para o caixão.

“Quando questionei o coveiro sobre a espessura da cova, ele garantiu que estava tudo certo. Porém, ao chegar no cemitério, a situação era precária: a cova estava curta e sem condições adequadas para o sepultamento”, explicou Ana.

O prefeito de Miranorte, Leandro Barbosa (PL), informou que está apurando os fatos e que se pronunciará oficialmente após a conclusão das investigações.

A família da idosa, abalada com o ocorrido, anunciou que buscará medidas jurídicas e acionará o Ministério Público para exigir esclarecimentos e responsabilizações.

“Foi um momento extremamente doloroso. Ela merecia, no mínimo, um enterro digno. Ainda não consigo acreditar. É como viver um pesadelo. Para mim, ela não morreu, porque esse momento não aconteceu como deveria”, desabafou Ana.

*Com informações do G1