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O governador do Tocantins Mauro Carlesse (PSL) teve sua convocação aprovada, nesta quarta-feira (26), para prestar depoimento na CPI da Covid no Senado Federal, em Brasília (DF). O requerimento foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania – SE) para que o gestor esclareça os fatos investigados pela Polícia Federal na operação Operação Personale.
O depoimento à CPI ainda não tem uma data marcada.
Durante duas fases da operação, realizadas em junho e dezembro do ano passado, a Polícia Federal apurou suspeitas de superfaturamento em contratos para compra de máscaras N95 que seriam usadas pelos profissionais da saúde durante o enfrentamento à pandemia.
Na primeira fase, os policiais federais investigaram a compra de 12 mil máscaras de duas empresas. O custo somado chegou R$ 420 mil, sendo que o governo chegou a pagar R$ 35 por unidade, mesmo tendo processo de licitação para comprar itens idênticos por valores entre R$ 1,93 e R$ 3,64.
Já na segunda fase da investigação, em dezembro do ano passado, foi investigado um terceiro contrato para a compra e 88 mil máscaras do mesmo modelo. Neste caso, o valor unitário foi de R$ 29,35, totalizando R$ 2.582.800,00.
Na época, o governo afirmou que as compras sem licitação foram feitas devido a “iminente necessidade das Unidades Hospitalares” e que em “razão do sobrepreço, a própria gestão realizou a denúncia aos órgãos competentes, que embasaram as investigações da PF”.
Convocação
Outros oito governadores um ex-governador e uma vice-governadora também foram convocados para para prestarem depoimento na comissão, durante a sessão desta quarta-feira (26).
A CPI da Covid foi iniciada pelo Senado Federal para apurar ações e omissões da União durante a pandemia, mas durante as sessões os senadores, principalmente da base do presidente, reivindicaram a convocação de governadores.
Eles alegam que a CPI deve investigar supostos casos de corrupção nos estados envolvendo recursos para combate à pandemia.