Uma mulher de 59 anos relata que precisou se jogar de um carro em movimento para escapar de uma situação de assédio durante uma corrida de aplicativo em Palmas. O caso ocorreu na manhã de 15 de janeiro, enquanto a vítima se dirigia ao trabalho. Assustada com os comentários e ações do motorista, ela viu como única saída abandonar o veículo em movimento.
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“Ele teve que reduzir a marcha para entrar em uma rotatória, e nesse momento eu me joguei do carro”, contou a vítima, que preferiu não se identificar.
A mulher explicou que o motorista manteve silêncio no início da viagem, mas começou a fazer observações impróprias enquanto passavam pela quadra 503 Sul.
“Ele virou para trás com um sorriso horrível e comentou sobre a minha aparência e sobre uma parte específica do meu corpo. Foi nojento”, relatou. Segundo ela, o motorista chegou a tentar tocá-la, momento em que pediu que ele parasse o carro.
Diante da recusa do motorista e percebendo que ele havia desviado da rota para o trabalho, a vítima sentiu que precisava agir para evitar uma situação de abuso.
“Entendi que, se não me jogasse do carro, poderia ser abusada. Abri a porta, pedi socorro, mas ninguém ajudou. Quando ele reduziu para entrar na rotatória, eu me joguei”, relatou.
Consequências e investigação
Na queda, a mulher machucou a coluna e um dos braços. O motorista fugiu após o incidente, acelerando o veículo. A vítima procurou a Polícia Civil para registrar a ocorrência.
A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM – Palmas) e corre sob sigilo por se tratar de importunação sexual.
Resposta da plataforma de transporte
A vítima contou que também relatou o ocorrido à empresa responsável pelo aplicativo. Segundo ela, a empresa ofereceu suporte médico na rede particular, mas informou que o motorista só seria bloqueado após uma análise da situação, mesmo com o boletim de ocorrência.
A vítima lamentou ainda a frequência de casos semelhantes: “Descobri que muitas mulheres estão sendo assediadas por motoristas de aplicativo. É algo que acontece muito”.
*Com informações do G1