Mulher pula de carro em movimento após ser assediada por motorista de aplicativo em Palmas

Caso aconteceu enquanto a vítima ia para o trabalho e a ocorrência foi registrada na delegacia. Mulher de 56 anos contou que motorista mudou rota durante percurso.

Uma mulher de 59 anos relata que precisou se jogar de um carro em movimento para escapar de uma situação de assédio durante uma corrida de aplicativo em Palmas. O caso ocorreu na manhã de 15 de janeiro, enquanto a vítima se dirigia ao trabalho. Assustada com os comentários e ações do motorista, ela viu como única saída abandonar o veículo em movimento.

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“Ele teve que reduzir a marcha para entrar em uma rotatória, e nesse momento eu me joguei do carro”, contou a vítima, que preferiu não se identificar.

A mulher explicou que o motorista manteve silêncio no início da viagem, mas começou a fazer observações impróprias enquanto passavam pela quadra 503 Sul.

“Ele virou para trás com um sorriso horrível e comentou sobre a minha aparência e sobre uma parte específica do meu corpo. Foi nojento”, relatou. Segundo ela, o motorista chegou a tentar tocá-la, momento em que pediu que ele parasse o carro.

Diante da recusa do motorista e percebendo que ele havia desviado da rota para o trabalho, a vítima sentiu que precisava agir para evitar uma situação de abuso.

“Entendi que, se não me jogasse do carro, poderia ser abusada. Abri a porta, pedi socorro, mas ninguém ajudou. Quando ele reduziu para entrar na rotatória, eu me joguei”, relatou.

Consequências e investigação

Na queda, a mulher machucou a coluna e um dos braços. O motorista fugiu após o incidente, acelerando o veículo. A vítima procurou a Polícia Civil para registrar a ocorrência.

A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM – Palmas) e corre sob sigilo por se tratar de importunação sexual.

Resposta da plataforma de transporte

A vítima contou que também relatou o ocorrido à empresa responsável pelo aplicativo. Segundo ela, a empresa ofereceu suporte médico na rede particular, mas informou que o motorista só seria bloqueado após uma análise da situação, mesmo com o boletim de ocorrência.

A vítima lamentou ainda a frequência de casos semelhantes: “Descobri que muitas mulheres estão sendo assediadas por motoristas de aplicativo. É algo que acontece muito”.

*Com informações do G1