MP denuncia suspeitos de envolvimento no ataque a carro-forte no Tocantins

Um dos suspeitos seria um membro da quadrilha dos Pipocas que conseguiu escapar na época do crime. Outros quatro são moradores da região que teriam dado apoio logístico para o grupo criminoso.

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Uma denúncia foi apresentada pelo Ministério Público do Tocantins contra  cinco suspeitos de participar da tentativa de assalto a um carro-forte em outubro de 2019, na estrada entre Araguacema e Pequizeiro, no norte do Tocantins. O crime deu início a uma operação policial que durou 15 dias e terminou com a morte de seis criminosos e um sargento da PM.

Conforme a denúncia, a quadrilha, conhecida como Turma dos Pipocas, era comandada por Ângelo Márcio Rodrigues. Ele teria conseguido escapar do cerco policial na época do crime e foi preso em maio deste ano, no Pará, durante uma operação conjunta da Polícia Civil.

Além de Ângelo Márcio, foram denunciados mais quatro moradores da região que teriam ajudado o grupo criminoso durante a tentativa de assalto.

O MP informou que três deles supostamente participaram do crime prestando apoio logístico, auxiliando no planejamento da ação ou atuando nas tentativas de resgate dos assaltantes.

Uma mulher também foi denunciada por abrigar os assaltantes em sua casa durante o período necessário para a realização do assalto, além de prestar auxílio material aos responsáveis pelo resgate dos criminosos.

O MPE informou que a denúncia contra os suspeitos foi feita no dia 7 de julho e aceita pela Justiça na última segunda-feira (13).

Entenda

A tentativa de roubo ao carro-forte ocorreu no dia 24 de outubro, quando os vigilantes do transporte de valores foram abordados por cinco assaltantes em uma estrada de Pequizeiro. O grupo cercou o veículo blindado e fez disparos, mas o motorista do carro-forte colidiu com o carro dos criminosos e fez com que capotassem.

Os criminosos furtaram uma moto e depois um carro, mas acabaram perdendo o controle novamente e fugiram pelo mato. Nesse momento, a Polícia Militar começou a perseguição aos assaltantes em um cerco que durou 15 dias.

No dia 31 de outubro, sétimo dia de buscas, um grupo de policiais militares interceptou a tentativa de resgate dos cinco assaltantes. A retirada dos criminosos do matagal seria feita por dois suspeitos, que trocaram tiros com a PM e acabaram mortos.

A polícia estabeleceu um perímetro de buscas mais restrito e no dia seguinte localizou os conhecidos Irmãos Pipocas. A dupla era uma das principais lideranças da Turma dos Pipocas. Após nova troca de tiros, os dois irmãos foram mortos, mas também acabaram baleando o sargento Deusdete Américo Furtado Gama, que morreu a caminho do hospital.

Na madrugada do dia 1º de novembro, enquanto as buscas continuavam na área rural de Pequizeiro, a agência do Banco Bradesco da cidade foi totalmente destruída por explosivos. Segundo a Polícia Civil, o ataque foi realizado por outros integrantes do bando para chamar a atenção dos agentes que estavam na busca e atrair as autoridades para o município. Com isso, os demais membros do grupo que estavam na mata poderiam escapar.

No dia 4 de novembro de 2019, dois dos três assaltantes que ainda estavam foragidos invadiram uma fazenda da região e amordaçaram os funcionários. O arrendatário da propriedade chegou a ser obrigado a usar seu carro para levar os bandidos até o município de Araguacema só que eles se depararam com uma barreira policial e os suspeitos voltaram para a mata.

Três dias depois, a operação de buscas foi encerrada com o encontro de dois suspeitos caminhando pela mata. Após mais uma troca de tiros, acabaram também sendo mortos.

*Com informações do G1