A quadra 905 Sul, no plano diretor de Palmas, foi ocupada por um grupo de famílias sem teto, na manhã deste domingo (15). Eles chegaram ao local por volta das 5h e tomaram posse de terrenos onde seriam construídas casas populares.
>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Os manifestantes alegam que precisam dos lotes e que atualmente estão pagando aluguel sem ter condições. Ainda segundo eles, a quadra é fruto de uma disputa judicial, entre o estado do Tocantins e particulares.
A confusão começou horas depois, com a chegada de equipes da Polícia Militar e outras forças de segurança. Até o helicóptero da Segurança Pública foi visto sobrevoando região. Os manifestantes foram retirados dos lotes e ficaram no canteiro central da Avenida LO-23, que fica em frente a quadra.
Durante o tumulto, seis pessoas ligadas ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) detidas e levadas para a 1º delegacia de Palmas. Entre os detidos estão: o advogado Lucas naves, o ex-vereador da capital Bismarque do Movimento e Eutália Barbosa que além de ser mãe de Lucas, teve também o filho Guilherme Barbosa preso na ação
Os policiais alegaram que um dos presos foi levado porque, além da confusão em relação à invasão, estava com o documento da motocicleta irregular. Porém o movimento denuncia que a PM agiu com total arbitrariedade e violência, e sem uma ação judicial de reintegração de posse.
“As pessoas foram detidas de forma injusta, arbitraria e sem precedentes”, alega o movimento. Vídeo gravado por uma manifestante mostra parte do tumulto. Pelas imagens é possível ver o momento em que um policial agride Eutália. Quando ela tentava acalmar a tensão entre manifestantes, os policiais partiram para cima do grupo e um deles aplicou um “mata-leão” nela.
“Ela é uma mulher! Para! Ela é uma mulher! Não podem bater numa mulher, covardes! ”, gritava outra mulher que fazia a imagens, na tentativa de fazer com que os policias parassem com a agressão.
Um outro vídeo feito pelo advogado Lucas naves, ele reclama da truculência e excesso de violência dos policiais contra os manifestantes que não estavam oferecendo resistência. Ele teria sido detido logo após, mesmo se predispondo a ir a delegacia acompanhar o caso.
O setor de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Tocantins e o presidente da entidade, Gedeon Pitaluga, estão na delegacia para acompanhar o caso devido a prisão de um advogado.