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Uma das maiores lideranças feminina do Tocantins morreu nesta nesta quarta-feira (7). Raimunda Gomes da Silva, conhecida como Dona Raimunda Quebradeira de Coco faleceu aos 78 anos, em sua residência, no município de São Miguel do Tocantins, região do Bico do Papagaio.
Uma referência para o Brasil e reconhecida até fora do pais, Dona Raimunda ganhou vários prêmios por sua luta como quebradeira de coco. Ela em Novo Jardim (MA), era filha de agricultores, casou-se aos 18 anos. Por viver um casamento difícil, largou o marido e criou o seis filhos sozinha. Assim, ela acabou chegando ao Bico do Papagaio, onde na época moravam 52 famílias.
Dona Raimunda também foi umas das fundadoras do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), criado em 1991, que atua no Pará, Maranhão, Piauí e Tocantins. Ela foi responsável pela Secretaria da Mulher Trabalhadora Rural Extrativista do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e umas das fundadoras da Associação das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (Asmubip).
Pela sua atuação na defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras da região do Bico do Papagaio, recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Tocantins e prêmios como o Diploma Mulher-Cidadã Guilhermina Ribeira da Silva (Assembleia Legislativa do Tocantins) e o Diploma Bertha Lutz (Senado Federal).
Mais recentemente, Dona Raimunda teve seu trabalho reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), com uma reportagem especial sobre a quebradeira, dentro da Campanha Regional pela Plena Autonomia das Mulheres Rurais e Indígenas da América Latina de do Caribe – 2018.
