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Um mecânico de aeronaves foi preso no aeroporto de Gurupi, no sul do estado, durante uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas. A acão ocorreu na manhã desta quarta-feira (6). Uma aeronave que estava com o homem também foi apreendida. O avião estava sendo monitorado pela polícia e supostamente teria sido utilizado no transporte de entorpecentes.
A ação faz parte da operação Catrapo, que está sendo realizada pela Polícia Federal de Mato Grosso. A Ao todo são cumpridos desde de cedo 28 mandados de busca e 13 de prisão temporária expedidos pela 5ª Seção Judiciária de Mato Grosso nos estados de São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Paraná, Rondônia e Tocantins.
Conforme as investigações, a quadrilha era liderada por um ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, preso em junho deste ano na Hungria.
As investigações apontam que o grupo usava aeroportos de fazendas privadas no interior do Mato Grosso para transportar cocaína adquirida no Peru e na Bolívia até a Europa, além de utilizar as propriedades para armazenar o entorpecente, e mudar os prefixos das aeronaves para cometer os crimes.
Segundo a PF, ao longo das investigações, o grupo chegou a ter até três aviões com o mesmo prefixo. Durante as investigações, a Polícia Federal interceptou duas toneladas de cocaína e identificou R$ 40 milhões em patrimônio.
Operação The Fallen
A PF também deflagrou nesta quarta-feira (6), a Operação The Fallen, que investiga lavagem de dinheiro e o contrabando de peças de aeronaves que seriam usadas por narcotraficantes. Os crimes teriam sido cometidos pelo mesmo grupo investigado na Operação Catrapo.
São cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva nos estados de Pernambuco, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Bahia. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal em Pernambuco.
As investigações tiveram início em 2020, após a importação suspeita de peças de aeronaves portuguesas por uma empresa de Recife, que as introduziu no Brasil pelo porto de Itajaí (SC).
Segundo a PF, os investigados utilizavam empresas de fachada para movimentar valores no território nacional. Além de usarem empresas com sede no exterior para viabilizar a compra de aeronaves fora do Brasil.
Líder da organização
Sérgio Roberto de Carvalho, o ex-major da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul que foi preso na Hungria no dia 21 de junho, sob acusação de tráfico de drogas, seria o líder das investigações, segundo a PF.
A Polícia Federal confirmou a recente prisão dele na Hungria. Major Carvalho também é conhecido como o “Pablo Escobar brasileiro”.
Ele foi para a reserva da PM em 1997. Um ano depois, foi condenado a mais de 15 anos de prisão pelo tráfico de cerca de 230 quilos de cocaína. O ex-PM sofreu também um processo para a perda do posto e da patente.
Na Europa, o ex-major se escondia com uma identidade falsa: ele fingia que era um empresário do Suriname chamado Paul Wouter.
Vivia em uma mansão avaliada em 2 milhões de euros na cidade de Marbella, no sul da Espanha.
Em agosto de 2020, a polícia da Espanha o prendeu por suspeitar que ele tinha levado cocaína para a Europa em um barco, mas sem saber que o homem, na verdade, era o brasileiro Major Carvalho. Foi detido como se fosse Paul Wouter.
*Com informações do G1