O avião que decolou de Cascavel (PR) e caiu na tarde desta sexta-feira (9) em Vinhedo, interior de São Paulo, transportava 62 pessoas no total, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes. No entanto, algumas pessoas não conseguiram embarcar no voo.
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Izael de Souza Silva, de 26 anos, relatou que se atrasou e chegou ao aeroporto de Cascavel por volta das 10h30, o horário limite para o embarque.
“Chegamos perto de 10h30. Não conseguimos embarcar, mas foi da vontade de Deus. Foi um livramento. Acabei me atrasando porque não queria vir mais cedo”, disse Izael.
Ele informou que tentou negociar com representantes da companhia aérea para embarcar, mas foi informado que o atraso impossibilitava o embarque.
“Fiquei estressado na hora. Eu queria ir embora para a minha cidade, Oriximiná, lá no interior do Pará. Mas quando soube da queda, pensei muito na minha família, nos meus filhos. Estou aqui há três meses. Primeiro fui para Foz do Iguaçu e depois acabei transferido para Cascavel”, contou.
A queda do avião
O avião caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo, e pertencia à companhia aérea Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo. Segundo a empresa, as vítimas estavam a bordo de um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72.
Inicialmente, a companhia aérea informou que 62 pessoas haviam morrido no acidente. Ainda na sexta-feira, o número foi corrigido para 61 vítimas, mas na manhã deste sábado (10), o total foi atualizado novamente para 62 mortos.
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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lamentou o acidente e afirmou que irá monitorar “a prestação de atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa, além de adotar as providências necessárias para averiguar a situação da aeronave e dos tripulantes. O voo contava com quatro tripulantes, todos devidamente licenciados e com habilitações válidas”.
A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar o acidente.