Maior que Cristo Redentor: Monumento em homenagem à Nossa Senhora inaugurado em Aparecida (SP)

Com 50 metros de altura, estátua é feita de aço e fica em um espaço a 3 quilômetros do Santuário de Aparecida, maior templo católico do país.

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Uma gigantesca estátua da Padroeira do Brasil foi erguida em Aparecida (SP), na cidade que abriga o Santuário Nacional, o maior templo católico do país dedicado a Nossa Senhora. Essa monumental escultura, com 50 metros de altura, supera o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que mede 38 metros de altura.

A escultura, uma criação do artista plástico Gilmar Pinna, é construída em aço e teve um custo de aproximadamente R$ 10 milhões. Ela foi erguida a 3 quilômetros da Basílica e é visível a uma distância de 6 km.

A inauguração aconteceu no último sábado (7), seis anos após a data originalmente prevista, às vésperas do Dia da Padroeira, celebrado na próxima quinta-feira (12).

Segundo o próprio artista, embora a inauguração oficial tenha ocorrido, o projeto ainda não está totalmente concluído e algumas etapas finais demandarão aproximadamente um ano e meio para serem finalizadas.

“Vamos ainda adicionar um mapa gigante do Brasil, segurado por duas mãos de Deus. A ideia é representar que nosso país está nas mãos de Deus. Cada mão terá 19 metros, e essa escultura terá um total de 50 metros de altura, pesando 60 toneladas”, explicou Pinna.

No entanto, o local onde a estátua está situada, no bairro Itaguaçu, já está aberto ao público. A visitação à obra é gratuita, uma vez que ela está em um espaço aberto disponível 24 horas por dia.

estarua aparecida
Foto: Divulgação

O projeto para instalação desse colossal monumento de aproximadamente 50 metros de comprimento foi anunciado em 2017, mas sofreu significativo atraso devido a uma batalha judicial provocada por uma ação movida pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea).

Após ser temporariamente impedida pela justiça, a construção foi retomada em 2022 e finalmente inaugurada oficialmente em um evento realizado na noite de sábado, com a presença do autor da obra, o artista plástico Gilmar Pinna, de 65 anos.

Ação judicial

A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) moveu uma ação judicial contra a imagem da Padroeira do Brasil e outras cinco esculturas localizadas em rotatórias de Aparecida (SP), alegando que o Estado é laico e que a prefeitura não deveria investir em monumentos religiosos, favorecendo uma religião em detrimento de outras.

Inicialmente, a juíza Luciene Bela Ferreira Allemand aceitou o pedido em primeira instância, determinando que a prefeitura não poderia manter a estátua e outras cinco peças que homenageavam a religião católica. Posteriormente, em março do ano seguinte, o Tribunal de Justiça revogou essa decisão, permitindo a instalação da escultura. O desembargador Ponte Neto justificou que a cidade depende significativamente do turismo religioso, e ao autorizar e investir nessas obras, a prefeitura estava impulsionando a economia local.

Durante a disputa judicial, as peças chegaram a ficar abandonadas, e até 2019, a prefeitura não tinha um local adequado para instalar a estátua, que acabou sendo deixada em um terreno onde começou a se deteriorar.