A Justiça decidiu manter a prisão de Luan Elvio Barros de Oliveira, ex-secretário municipal da Juventude de Figueirópolis, suspeito de integrar uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A decisão foi confirmada durante audiência de custódia realizada na noite desta terça-feira (21).
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A defesa de Luan alega que ele já havia sido alvo de mandados de busca anteriormente, sem que nada ilícito fosse encontrado. A defesa alega que o ex-secretário é réu primário, possui bons antecedentes e não há fundamentos sólidos para justificar sua prisão. Botelho informou que irá protocolar pedidos de revogação da prisão e de Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO).
“Embora exista a acusação, não há elementos concretos que sustentem a prisão ou uma eventual condenação. Estamos confiantes de que obteremos êxito no processo”, afirmou a defesa.
Prisão
Luan Elvio foi preso na manhã de terça-feira (21) durante a segunda fase da Operação 1º Coríntios 15:33, que investiga uma organização criminosa interestadual. No mesmo dia, ele foi exonerado do cargo de secretário, para o qual havia sido nomeado em 3 de janeiro deste ano.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a operação cumpriu 18 mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão nas cidades de Gurupi, Formoso do Araguaia e Figueirópolis. Entre os investigados, um suspeito foi preso em São Paulo, na sexta-feira (17), e outro em Gurupi, na segunda-feira (20). Ambos tiveram veículos e celulares apreendidos para análise.
Repercussão
O prefeito de Figueirópolis, José Fontoura Primo, declarou que a gestão municipal tomou conhecimento da operação apenas na terça-feira, em razão do caráter sigiloso da investigação. O prefeito destacou que os fatos apurados não possuem vínculo com a administração pública municipal.
Nota oficial do prefeito:
“O prefeito de Figueirópolis-TO, José Fontoura Primo, informa à sociedade que foi surpreendido com o cumprimento de um mandado de prisão contra o secretário de Juventude, Luan Elvio Barros de Oliveira, ocorrido nesta manhã do dia 21 de janeiro de 2025. O gestor municipal tomou conhecimento da investigação apenas na manhã desta terça-feira, devido à sua natureza sigilosa.”
Primeira Fase da Operação
A primeira fase da Operação, realizada em julho de 2024, teve como alvos três policiais penais suspeitos de envolvimento com o grupo criminoso. Também foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, além de flagrantes e apreensões, incluindo armas, veículos e drogas. Um espaço de eventos supostamente usado para lavagem de dinheiro foi interditado.
Na época, a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) iniciou uma investigação preliminar para apurar o envolvimento dos servidores, mas optou por não afastá-los, respeitando o princípio da presunção de inocência.