Justiça libera investigados em suposto esquema de corrupção no Naturatins

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Por determinação da Justiça, os investigados na operação Isis da Polícia Civil devem ser colocados em liberdade nessa terça-feira (26). Ao todo, sete pessoas foram presas na semana passada em uma investigação que apura suposto esquema de corrupção dentro do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) em Araguatins, região norte do estado.

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Os suspeitos presos devem ser liberados após o encerramento do prazo das prisões temporárias, às 23h59 desta terça-feira, o delegado responsável pelo caso informou que não foi pedido a prorrogação das prisões porque os interrogatórios foram suficientes para o avanço das investigações.

Segundo a Polícia Civil, o esquema seria chefiado pela inspetora de recursos naturais Luciana Geremias de Sousa e contava com outros dois servidores do Naturatins.

Foto: Divulgação

As investigação apontam que os três seriam responsáveis por autuar fazendeiros e embargar propriedades rurais na região norte do estado. Depois, desfaziam as autuações e multas mediante pagamentos das vítimas.

O irmão de um deputado chegou a ser alvo da investigação. O homem foi levado para a delegacia em cumprimento a mandado de prisão, mas no local a polícia constatou que ele não era o alvo investigado e por isso foi liberado.

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na casa dos suspeitos, na sede do Naturatins em Palmas e na superintendência do órgão em Araguatins, no dia da operação.

Entenda o caso

De acordo com o delegado Thiago Bustorff, os funcionários do Naturatins se aproveitam das informações que eles têm dentro órgão para atender donos de propriedades rurais da região que foram multados ou tiveram atividades embargadas.

Foto: Divulgação

Ainda segundo o delegado, valendo dessas informações privilegiadas que tinham dentro do órgão, na condição de servidores públicos, os investigados buscavam os fazendeiros após as multas e ofereciam a eles o serviço através dessa pessoa jurídica para desembargar a obra.

O delegado informou que cada desembargo custava de R$ 3 mil a R$ 6 mil para os proprietários de fazendas.

“Toda aplicação da multa vinha acompanhada de um embargo da propriedade rural e com isso os fazendeiros ficavam impedidos de realizar qualquer comercialização, qualquer atividade na sua propriedade” explicou.

Fotos: Divulgação

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