Justiça Federal condena falso ganhador de loteria que levou R$ 73 milhões da Caixa no Tocantins

Outras quatro pessoas, entre elas o gerente do banco que teria ajudado no golpe, também foram condenadas. Crime foi revelado durante a Operação Éskhara, da Polícia Federal.

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A Justiça Federal do Tocantins condenou Márcio Xavier de Lima e outras cinco pessoas por um golpe milionário contra uma agência da Caixa de Tocantinópolis, no norte do estado, em dezembro de 2013. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o réu se passou por ganhador da Lotofácil e conseguiu levar pouco mais de R$ 73 milhões do banco.

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Conforme consta nos autos, Mario Xavier teria tido a ajuda do então gerente da agência, Robson Pereira do Nascimento para completar a fraude e de outras quatro pessoas para fazer a lavagem e ocultação do dinheiro. Os nomes dos outros condenados são Alberto Nunes Tugeiro Filho, Antônio Rodrigues Filho, Ernesto Vieira de Carvalho Neto e Talles Henrique de Freitas Cardoso. As penas de cada um varias de cinco a 13 anos de prisão e multas.

Um sétimo acusado da fraude, Paulo André Pinto Tugeiro acabou sendo inocentado. A Justiça entendeu que não havia provas do envolvimento dele. O MPF vai recorrer para pedir penas maiores aos outros envolvidos e a revisão da decisão de absolver Paulo André Pinto.

O golpe foi revelado durante a Operação Éskhara, da Polícia Federal. A fraude teria levado três meses para ser arquitetada. O grupo apresentou uma Declaração de Acréscimo Patrimonial (DAPLoto) falsa ao banco. O documento é emitido pela Caixa quando será feito o pagamento de bilhete de loteria premiado.

Segundo a denúncia do MPF, Márcio Xavier foi até a agência e foi atendido pessoalmente por Robson, mesmo com ele estando de férias. O gerente usou as próprias senhas para acessar os sistemas do banco e recebeu o envelope com a DAPLoto falsa. O concurso referente ao prêmio foi realizado em cinco de dezembro de 2013.

O gerente teria aberto uma conta com um nome falso para Márcio Xavier e realizado a transferência. Em seguida, foram feitas 15 novas operações para outras nove contas para tentar despistar a origem do dinheiro. Com a fraude, os criminosos teriam feito dezenas de transferências financeiras menores, comprado sete veículos zero km e até um avião para tentar ocultar o dinheiro.

O outro lado

A defesa de Robson Pereira do Nascimento disse que já preparou o recurso, uma vez que o cliente fez colaboração premiada no processo e que não ficou satisfeita com o resultado do julgamento.

Os advogados que representam Antônio Rodrigues Filho, Paulo André Pinto Tugeiro e Alberto Nunes Tugeiro Filho não atenderam as ligações.

*Com informações do G1