Justiça condena os três acusados de matar dentista em Augustinópolis

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Após três dias de julgamento, a Justiça condenou Manoel Fabrício Teles Pereira, Estevão Emílio Castro Almeida e Antônio Mendes Nonato elo assassinato do dentista Kléber Pereira Guedes. O crime ocorreu em 2015, em Augustinópolis.

A sessão de julgamento é considerada a mais longa da história da comarca, tendo se iniciado na manhã do dia 17 de dezembro e sendo concluída na tarde desta quarta-feira (19).

De acordo com denúncia criminal oferecida pela promotoria de Justiça, Manoel Fabrício Teles Pereira encomendou a morte de Kléber Pereira Guedes por ciúmes do envolvimento amoroso do dentista com sua ex-namorada. O crime teve a participação de Estevão Emílio Castro Almeida, que contratou Antônio Mendes Nonato para a execução, mediante pagamento de R$ 5 mil.

Conforme consta nos autos, Kléber foi abordado e rendido em frente a sua casa, em Augustinópolis, e os condenados o levaram no carro do próprio dentista para a cidade de Araguatins, onde este foi morto em uma emboscada, com três tiros. Estevão e Antônio ocultaram o corpo da vítima no matagal próximo ao trevo que liga Araguatins à Rodovia Transamazônica, sendo encontrado apenas 10 dias depois do crime.


| O dentista Kléber Pereira Guedes foi morto em 2015.

Enquanto o crime ocorria, Manoel procurou um álibi, deslocando-se pela cidade em vários pontos comerciais e fazendo transações financeiras. Após o crime, Estevão e Antônio, com anuência de Manoel, ainda roubaram e venderam o celular e o carro de Kléber, em Parauapebas, por R$ 13 mil.

O Conselho de Sentença, por maioria de votos, reconheceu a materialidade delitiva e autoria dos crimes de homicídio, furto e associação criminosa por parte dos acusados. Antônio Mendes Nonato teve como agravante o fato de o primeiro ter sido o mandante e os outros, por terem recebido dinheiro para executar o crime. Estevão e Antônio ainda foram condenados por ocultação de cadáver.

A pena fixada foi de 32 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão para Manoel Fabrício Teles Pereira; 24 anos, 10 meses e 15 dias para Estevão Emílio Castro Almeida; e 28 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão para Antônio Mendes Nonato. Todos foram condenados em regime inicialmente fechado e também ao pagamento de multa.

Fotos: Divulgação

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