>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Três crianças, uma professora e uma auxiliar morreram após um ataque em uma escola infantil de Saudades, no Oeste de Santa Catarina, nesta terça-feira (4). O suspeito, um jovem de 18 anos, teria tentado tirar a própria vida após o atentado, mas foi detido e levado a um hospital após o crime.
Segundo informações, o jovem armado com um facão invadiu na manhã desta segunda-feira (4), uma creche municipal em Saudades, a 446 km de Florianópolis, e desferiu golpes em crianças e adultos dentro do estabelecimento de ensino. A Polícia Militar confirmou pelo menos quatro mortes no local, sendo três de crianças, e mais uma pessoa ferida em estado grave. Mais tarde, foi confirmada a morte de uma auxiliar.
De acordo com a Polícia Civil, duas crianças morreram no local e uma terceira foi a óbito após atendimento médico no hospital em Saudades. Todos são alunos e tinham menos dois anos, segundo confirmou o delegado Jerônimo Marçal.
O atentado aconteceu na CEI (Centro de Educação Infantil) Pró-Infância Aquarela, para crianças de até 3 anos na cidade catarinense que tem população de cerca de 9 mil pessoas e fica na região de Chapecó, no oeste do estado.
O jovem foi preso na rua após tentar fugir, sendo encaminhado para atendimento médico e estado grave no Hospital Beneficente de Pinhalzinho, cidade vizinha. O rapaz não tem passagem pela polícia.
A Polícia Civil informou que o jovem invadiu a escola por volta das 10h. Ele primeiro atacou uma professora de 30 anos que estava na entrada do prédio. A vítima chegou a correr do suspeito, mas foi alcançada pelo homem e morreu na escola. Em seguida ele teria entrado em uma sala de aula e desferido os golpes nas crianças.
Ainda segundo a polícia, existiam quatro alunos e uma funcionária da escola na sala. Três crianças morreram, sendo duas ainda no colégio. Outra teve ferimentos leves. Já uma funcionária foi socorrida em estado de saúde grave, mas não resistiu.
Tragédia poderia ser maior.
Segundo o delegado, Jerônimo Marçal a intenção do suspeito era fazer o maior número de vítimas, era “fazer uma barbárie”. Existiam 30 crianças dentro da escola. Investigações preliminares apontam que a tragédia não foi maior porque as professoras perceberam o atentado e trancaram as outras salas que tinham aulas no momento.
O jovem teria deixado o local e foi abordado por populares, segundo o delegado. “Neste momento, ele tentou contra a própria vida, mas não conseguiu. (…) O que entendo até o momento é que a intenção dele era fazer a barbárie e o maior número de vítimas possível e tentar suicídio, mas não conseguiu se matar”, acredita.
A informação preliminar apurada pela investigação aponta que o suspeito chegou em uma bicicleta e não tem problemas mentais aparentes, segundo informações repassadas pela família. A Polícia Civil já apreendeu um computador usado pelo jovem, que passará por perícia.
Homens pararam ataques
Em entrevista à BandNews FM, o prefeito da cidade de Chapecó, João Rodrigues (PSD), disse que o jovem foi detido por populares. “Ele matou duas crianças, matou uma professora e só não foi mais longe porque ouve intervenção de um metalúrgico e de um pedreiro, que pegaram o garoto e o interromperam com golpes de barras de ferro”, afirmou.
Ainda segundo o gestor, o rapaz tentou tentou tirar a própria vida e “foi ferido pelos populares, para pará-lo, porque ele não ia parar seu ataque”. Ele foi levado para um hospital da cidade de Pinhalzinho.
“Não se tem confirmação se foi um surto repentino, ou se foi algo desses jovens de internet. O jovem é de uma família conhecida na cidade, pessoas de bem, não é uma família com problemas. A mãe do garoto está com problemas de câncer. E os motivos, ninguém sabe”, conta o prefeito.
João Rodrigues afirmou que o jovem é de uma família conhecida da cidade de Saudades e que seu ataque foi interrompido por populares. “É um jovem de família muito boa, não se sabe se teve um desequilíbrio mental”, pontua.
Vítimas identificadas
Foram identificadas as cinco vítimas, uma professora, uma auxiliar e três crianças, mortas no ataque de um jovem de 18 anos em uma creche no Oeste de Santa Catarina.
As vítimas são a professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, a auxiliar Mirla Renner, de 20 anos, e os bebês Sarah Luiza, Anabela e Murilo, os três com menos de dois anos de idade. Segundo as informações, uma das mulheres morreu enquanto tentava proteger os bebês.
*Com informações do G1 e UOL