Irmãs idosas vítimas de maus-tratos comiam manga com água para sobreviver

Caso aconteceu em Paraíso do Tocantins. Um idoso de 66 anos foi preso por ter se apropriado dos benefícios das vítimas.

Policiais civis efetuam a prisão em flagrante de um idoso de 66 anos nesta sexta-feira (22), em Paraíso do Tocantins. Ele é suspeito de maus-tratos contra as duas irmãs de 68 e 72 anos. Elas têm necessidades especiais e contaram aos policiais que às vezes comiam manga com água para matar a fome porque não recebiam alimentação.

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Segundo a investigação, o homem também estaria se apropriando dos benefícios recebidos pelas duas mulheres. A investigação começou após uma denúncia anônima feita à 6ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (6ª DEAM-V).

De acordo com a polícia, s duas senhoras estariam sendo submetidas a situações desumanas e degradantes em uma casa no centro da cidade. O suspeito estaria utilizando o dinheiro de benefícios que as idosas recebiam para fins particulares e as vítimas ficavam sem alimentação, em estado de miserabilidade e total falta de higiene.

Ainda segundo a polícia, as vítimas eram agredidas pelo idoso quando reclamavam de qualquer coisa. Durante buscas foi encontrada uma moto que o homem teria comprado com o dinheiro dos benefícios. Com o suspeito também foram encontrados mais de R$ 300 e os dois cartões das irmãs.

Segundo o delegado José Antônio da Silva, responsável pelas investigações, o suspeito foi ouvido e negou os fatos. Ele disse que as irmãs eram cuidadas por outra pessoa, mas a cuidadora ficou doente há cerca de um ano e ele assumiu a responsabilidade.

“Muito triste o que presenciamos. Percebemos que o investigado preso não tem empatia e nem se importa com o sofrimento e as privações das necessidades básicas de suas irmãs e que, além disso, ainda tomava posse da renda mensal que ambas possuem”, disse o delegado.

Diante de toda a situação encontrada o homem de 66 anos foi autuado em flagrante por maus-tratos e encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Paraíso. Denúncias de casos semelhantes podem ser feitos para a Polícia Civil, assim como no Disque 100 e 180 do Ministério da Justiça.