Investigações contra quadrilha que tinha o Tocantins como ponto de apoio levaram a apreensão de submarino no Suriname

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Durante as investigações da operação Flak – considerada a maior ação de combate a logística de transporte de drogas feita no país – foi apreendido um submarino apreendido no Suriname em fevereiro do ano passado. Conforme a Polícia Federal, a suspeita é de que ele seria usado para levar drogas até a costa da África.

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A Operação, deflagrada nesta quinta-feira (21) resultou, até o momento, foram presos mais 20 suspeitos de participação no tráfico internacional de drogas. O alvo é uma quadrilha especializa em transportar drogas da Colômbia e da Venezuela para o Brasil, Estados Unidos e Europa.

Os mandados cumpridos nesta quinta-feira foram expedidos pelo juiz federal Pedro Felipe de Oliveira Santos, da 4ª Vara de Palmas.

De acordo com o delegado Marcelo Correia Botelho, a apreensão do submarino foi possível graças a colaboração da polícia antiterrorismo do Suriname. Ainda segundo o delegado, o submarino foi feito justamente para transportar a droga até a costa da África e tinha capacidade de até oito toneladas de entorpecente.

O submarino apreendido foi localizado a 15 km de uma pista de pouso clandestina que recebia aviões com drogas. Dentro da embarcação, a polícia encontrou motores náuticos adquiridos em uma empresa de Belém, no Pará. No mesmo local, uma aeronave com 488 quilos de cocaína foi apreendida 13 dias depois.

A operação

Foto: Divulgação/PF

Conforme as investigações, a quadrilha transportou mais de 9 toneladas de cocaína entre 2017 e 2018, em 23 voos que carregavam 400 quilos da droga, em média, cada um.

Além de pilotos, a organização contava com mecânicos que adulteravam as aeronaves para aumentar a autonomia dos voos e ocultar o prefixo original dos aparelhos, para despistar as autoridades. O grupo usava Palmas e Porto Nacional, no Tocantins, como pontos de apoio.

João Soares Rocha, apontado como chefe da quadrilha, foi preso em Tucumã, no Pará. Além dele, outras 21 pessoas foram presas até o momento.

Segundo a investigação, que teve início há dois anos, no período compreendido entre meados de 2017 e 2018, foram realizados no mínimo 23 voos transportando em média 400 quilos de cocaína cada, totalizando mais de nove toneladas.

Ao todos, estão sendo cumpridos 54 mandados de prisão e 81 mandados de busca e apreensão, nos estados de Tocantins, Goiás, Paraná, Pará, Roraima, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal. Todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. Mais de 400 policiais federais dão cumprimento aos mandados.

Ainda de acordo com as investigações um dos envolvidos na organização criminosa era o piloto Cristiano Felipe Rocha Reis, que morreu em Goiânia após uma queda de avião no Pará. Ele era sobrinho do empresário João Soares Rocha.

Outro citado como integrante da operação é Evandro Geraldo Rocha dos Reis, pai de Cristiano, e que morreu na queda do mesmo avião em que o filho estava.

As investigações apontam também que o esquema teria ligações com traficantes como Fernandinho Beira-Mar e também Leonardo Dias Mendonça, que estava preso em Aparecida de Goiânia, mas ganhou progressão para o regime semiaberto.

A Aeronave aprendida com 300 quilos de cocaína em julho do ano passado, em Formoso do Araguaia, também faria parte do esquema. A suspeita é que a droga tinha saído da fronteira da Bolívia com o Mato Grosso.

Avião com drogas apreendido em Formoso do Araguaia

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