A investigação da Polícia Civil apontou que Juscelino de Sousa Rosa, um motorista de aplicativo de 35 anos, foi morto por engano enquanto trabalhava. No momento do crime, ele estava transportando passageiros que, segundo a polícia, seriam membros de uma facção criminosa. Dois suspeitos foram presos no início desta semana em Araguaína, no norte do estado.

O crime ocorreu na madrugada de 29 de dezembro de 2023. Na ocasião, criminosos se aproximaram em um carro e efetuaram diversos disparos. Juscelino foi atingido quatro vezes e morreu no local. Uma passageira foi baleada na perna, mas sobreviveu.

A 2ª Delegacia de Homicídios de Araguaína conduziu a investigação, resultando na prisão preventiva dos dois suspeitos na segunda-feira (8) em cumprimento a mandados judiciais. Os suspeitos, de 28 e 25 anos, não tiveram seus nomes divulgados.

Entenda

De acordo com a polícia, na noite do crime, dois homens e uma mulher estavam em um bar no centro de Araguaína. Por volta das 2h45 da madrugada, decidiram chamar um carro de aplicativo para deixar o local. Os suspeitos, que também estavam no bar, ao perceberem que o grupo saiu no veículo conduzido por Juscelino, seguiram em outro carro.

Em certo momento, os veículos se aproximaram, e os criminosos dispararam vários tiros, atingindo fatalmente o motorista.

A investigação revelou que os suspeitos identificaram erroneamente dois passageiros do carro de aplicativo como supostos membros de uma facção criminosa rival, motivando o ataque.

O delegado Adriano de Aguiar Carvalho explicou: “Desse modo, nossas investigações apontaram que o alvo dos investigados eram os dois homens que estavam no carro de aplicativo e não o motorista que acabou sendo morto por engano.”

Prisões

Um dos suspeitos, de 28 anos, foi preso em uma residência junto com seu irmão de 26 anos. Na ocasião da prisão, foram encontradas drogas e um revólver no local, resultando em acusações de tráfico e posse ilegal de arma de fogo. Esse suspeito é condenado por dois outros homicídios e tinha cumprido pena em prisão domiciliar por motivos de saúde em março de 2023.

O segundo suspeito, de 25 anos, foi preso por tráfico em 2020, mas estava em liberdade provisória. Com o encerramento das investigações, o inquérito será encaminhado à Justiça e ao Ministério Público.