Fabricio Kenner Pereira dos Santos foi condenado a 78 anos e oito meses de prisão pelos crimes de tortura e homicídio, cometidos durante uma disputa entre organizações criminosas em Gurupi, no sul do estado. A sentença foi proferida pelo juiz Jossanner Nery Nogueira Luna, que presidiu o Tribunal do Júri da comarca do município.

Fabricio foi considerado culpado pelos homicídios e tortura de Eduardo Correia Lima, de 19 anos, e Marcelo Santos Silva, de 16 anos, assassinados no dia 15 de setembro de 2023.

Além da pena de reclusão, o juiz determinou o pagamento de R$ 100 mil em indenização às famílias das vítimas por danos morais. Fabricio cumprirá a pena em regime fechado, na Unidade Penal de Gurupi, onde está detido desde 21 de setembro de 2023.

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A defesa de Fabricio considerou a pena excessiva e informou que ele assumiu a autoria dos homicídios, mas negou os crimes de tortura e participação em organização criminosa. A defesa já recorreu da sentença.

Execução do crime

Eduardo e Marcelo foram encontrados mortos dentro de uma casa em Gurupi, dias após fugirem do Centro de Internação Provisória (Ceip-Sul). Segundo a Polícia Militar, uma equipe fazia patrulhamento no setor Bela Vista quando recebeu informações de que integrantes de uma facção criminosa haviam fugido correndo de uma residência, levantando a suspeita de que alguém poderia estar ferido ou morto no local.

Ao entrarem na casa, os policiais encontraram os corpos de Eduardo e Marcelo amordaçados e amarrados, com ferimentos no tórax e no pescoço.

A Secretaria da Cidadania e Justiça confirmou que, dias antes do crime, três adolescentes haviam fugido do Ceip-Sul. Um deles se entregou, enquanto os outros dois foram assassinados.

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Prisão do suspeito

Fabricio Kenner foi preso no dia 21 de setembro de 2023, suspeito de torturar e matar os dois adolescentes. De acordo com a Polícia Civil, ele filmou as execuções e divulgou os vídeos na internet.

A prisão ocorreu em uma residência no centro de Gurupi, durante uma operação da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Um outro suspeito, envolvido no crime, já havia sido preso anteriormente.

Segundo o delegado José Júnior, responsável pela investigação, o crime foi motivado pela rivalidade entre facções criminosas. As vítimas, pertencentes a um grupo rival, foram capturadas após fugirem do centro de internação.