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Um homem de 54 a os foi morto no Assentamento Maria Bonita que fica dentro da fazenda Navarro, no município de Palmerante, no norte do estado. Moradores relataram que o local foi atacado por pistoleiros na manhã desta sexta-feira (6). A vítima foi identificada como Getúlio Coutinho dos Santos.
De acordo com a Polícia Militar, pelo menor mais homem ficou ferido no ataque. Ele foi identificado como Adreson Alves de Oliveira, tem 27 anos e foi levado ao Hospital Regional de Araguaína, A fazenda foi isolada primeiro por equipes da PM e da Polícia Civil. Depois, por ser uma área federal, foi deixada sob os cuidados de uma equipe da Polícia Federal.
Os moradores do assentamento afirmaram que o ataque foi realizado por três homens encapuzados que estavam em uma caminhonete branca. Os baleados estavam indo para o trabalho quando perceberam a presença dos pistoleiros e por isso teriam sido atacados.
As vítimas estavam em uma motocicleta e conseguiram fugir, mas Getúlio não resistiu aos ferimentos e foi a óbito ainda no assentamento. Ele foi atingido no tórax e nas costas. Dois barracos que ficavam perto do local do crime foram incendiados.
A Fazenda Navarro é uma área que pertence à União e que tem a posse disputada entre camponeses e fazendeiros. Há uma semana, o Ministério Público Federal pediu que todos os atos já realizados no processo relacionado à fazenda sejam anulados, alegando que o caso tramitou na Justiça Federal sem o conhecimento da Procuradoria da República em Araguaína.
O MPF se pronunciou sobre o ataque desta sexta-feira e classificou o caso como uma ‘chacina’. O órgão afirma que alertou por várias vezes a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual sobre a violência na região e o risco de um confronto.
A área em que ocorreu o ataque seria pertencente à União, mas está sendo reivindicada por um fazendeiro. No mês de maio deste ano, mais de 20 famílias foram retiradas do mesmo acampamento após a 1ª Vara Cível de Colinas do Tocantins determinar a reintegração de posse em parte da área. Imagens gravadas pelos trabalhadores rurais mostram o momento em que as pessoas estavam sendo retiradas e alguns barracos incendiados.
O acampamento existe há cerca de cinco anos e de acordo com a associação que representa os moradores, são cerca de 100 famílias vivendo na região.