O homem acusado de assassinar Argel Pereira Lima, de 24 anos, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão pelo Tribunal do Júri. O julgamento ocorreu na sexta-feira (6), em Paraíso do Tocantins. Segundo o processo, os dois eram amigos antes do crime, que aconteceu em 3 de novembro de 2022.
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O corpo de Argel foi encontrado com sinais de violência, sem as mãos, às margens de um córrego no setor Área Verde, próximo a uma cova vazia. O nome do acusado não foi divulgado.
Durante a investigação, a 6ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso do Tocantins) descobriu que o réu, de 25 anos, cresceu com Argel e conhecia a família da vítima. A polícia também apurou que o assassinato foi ordenado pelo líder de uma organização criminosa, como punição e para a iniciação do acusado na facção, conforme explicou o delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho.
O acusado foi preso em 26 de dezembro de 2023, no Projeto Assentamento Pericatu, em Pium, após um mandado de prisão preventiva. Na ocasião, a polícia apreendeu drogas e materiais relacionados ao tráfico. Desde então, o réu estava preso na Unidade Penal Regional de Paraíso, aguardando o julgamento.
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A investigação também revelou que as mãos de Argel foram decepadas para simular que ele havia sido morto por cometer furtos ou roubos, a fim de desviar a atenção das autoridades e ocultar o real motivo do crime.
A juíza Renata do Nascimento e Silva determinou que a pena seja cumprida em regime fechado, considerando as qualificadoras de crueldade e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A magistrada também negou o pedido da defesa para que o réu pudesse recorrer em liberdade.