Tendo a Ponte de Porto Nacional como pauta principal, o governador do Tocantins, Mauro Carlesse, reuniu na manhã desta terça-feira (12), com a superintendente da Caixa Econômica Federal no Tocantins, Silvia Leandra Pelloso e também com o gerente regional de relacionamento com o Governo, Vandeir Ferreira.
>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
A ponte de Porto de Nacional, que está interditada para o trafego de veículos, sendo permitida somente a passagem de pedestres, ciclistas, motociclistas e veículos de emergência (ambulâncias e viaturas policiais).
Apesar da interdição ter sido feita antes das finalizações das vistorias na ponte, o governo alega que medida foi necessária devido laudos da Agência Tocantinense de Transportes e Obras, em conjunto com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, confirmarem que a estrutura da ponte teve uma evolução em sua deterioração, oferecendo riscos em sua utilização.
O governador apresentou aos executivos as ações de ajuste nas contas públicas que tem sido feita para recuperar a capacidade de investimento do Estado.
“A situação agora é ainda mais grave por causa da situação de interdição da ponte. Precisamos agilizar a liberação dos recursos para iniciar o mais rápido possível essa obra”, disse o Governador.
Porém o governador não especificou se os recursos seriam para construir a esperada ponte nova e se ainda vai insistir em avaliar a possibilidade de recuperar a estrutura antiga já em estado avançado de deterioração.
Os executivos da Caixa Econômica Federal também manifestaram preocupação com a situação da ponte de Porto Nacional e apresentaram a nova representante da Caixa ao Governo do Estado, Maria da Graça Somavilla.
Segundo o estado, a partir de agora, a representante da Caixa vai atuar diretamente junto aos órgãos do governo, visando agilizar a tramitação de processos e a liberação de contratos e recursos.
Além da ponte de Porto Nacional, o governador Mauro Carlesse também relatou a situação das obras paradas que precisam ser retomadas com brevidade.
Agenda em Brasília
Ainda em busca de recursos para o estado, o governador cumpre agenda nesta quarta (13) e quinta-feira (14), em Brasília.
Na quarta-feira, Mauro Carlesse tem reunião com representantes do Banco Mundial e a noite participa de um jantar com a bancada federal.
Na quinta-feira está prevista uma audiência com o ministro do desenvolvimento regional, Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto, e a reunião de trabalho será na Secretaria do Tesouro Nacional.
Condições da ponte
A ponte de Porto Nacional foi construída há mais de 40 anos e o ultimo laudo técnico, feito em 2011, apontou aumento significativo de danos em sua infraestrutura em relação ao diagnóstico de 2003. Situação que levou, na época, à restrição do tráfego de veículos com peso acima de 30 toneladas e limitação de velocidade.
O laudo apontou ainda que a ponte entraria em colapso, em algum momento nos próximos 10 anos, ou seja, até 2020, com aumento de 10% da probabilidade de ocorrência a cada ano.
A novela da nova ponte
A anunciada nova ponte sobre o rio Tocantins continua sendo muito esperada pela população de Porto Nacional. Uma grande festa foi promovida na cidade pelo governo do estado e prefeitura local para marcar a assinatura da ordem de serviço. A previsão na época, era que o início da obras seria outubro de 2017, mas até agora não começou.
O governo do estado alegou que os recursos do financiamento, no valor atualizado de R$ 130 milhões, ainda não foram liberados pela CAIXA, mas a expectativa é que isso aconteça em breve. Um breve que ao passar dos anos ainda não chegou.
A nova ponte terá 1.488 metros de extensão, sendo 1.088 m de armação de concreto e 400 metros de aterro. De acordo com informações da Ageto, chegou a ser realizadas todas as sondagens e concedidas as licenças ambientais à Rivoli do Brasil S.P.A, empresa ganhadora da licitação.
Posteriormente, a Justiça proibiu a Caixa de fazer empréstimos ao estado. Um deles seria para construir a nova ponte de Porto Nacional.
Posteriormente a a empresa que venceu aquela licitação para construção da ponte foi impedida pela Justiça de fazer o trabalho. Uma nova licitação depende de um empréstimo internacional.