O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), informou que vai colocar todos os servidores públicos do Estado em trabalho remoto por duas semanas. A medida começa a valer nesta terça-feira (23) e vai até o dia 31 de março. O decreto não vai se aplicar aos serviços que por natureza precisem ser prestados de forma presencial, como segurança pública ou saúde, por exemplo.

Na semana passada o governador tinha enviado uma carta aos prefeitos e vereadores das 139 cidades propondo decretar duas semanas de ponto facultativo aos servidores, mas não houve adesão.

Mais cedo, o Executivo também tinha informado que vai escalonar o pagamento dos salários de março aos servidores para evitar aglomerações em bancos e supermercados. O pagamento será feito de forma adianta, mas o cronograma ainda não foi divulgado.

Em um comunicado enviado à imprensa, o Palácio Araguaia disse que “o atual cenário vivenciado pelo Estado nos últimos dias, com aumento de casos em todos os municípios e a crescente necessidade de internação, exige dos gestores medidas que evitem a propagação do vírus”.

O atendimento presencial só deve ser retomado no dia 5 de abril, porque entre o fim do decreto e o retorno dos serviços haverá ainda o feriado da Semana Santa, que já seria ponto facultativo normalmente.

Nos serviços que seguirem sendo presenciais, os gestores das pastas deverão realizar as convocações dos servidores e depois encaminhar as informações para a Secretaria de Administração.

Está prevista ainda uma recomendação para que as prefeituras que ainda não têm medidas do tipo adotem a jornada de 6 horas diárias de trabalho em suas unidades administrativas, incluindo o trabalho remoto ou jornada híbrida.

De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta segunda-feira, o Tocantins soma 133.050 casos confirmados de Covid-19, dos quais 17.779 ainda estão ativos, 113.450 estão recuperados e 1.821 vieram a óbito. Dos casos ativos, 545 encontram-se hospitalizados, sendo 311 em leitos clínicos e 234 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

*Por G1