Garoto de 12 anos de Porto Nacional vai compor categoria de base do Criciúma

Lucas Rodrigues de Oliveira iniciou aos 5 anos numa escolinha de futebol da cidade e após passar por uma peneira em Palmas e testes em Criciúma, foi aprovado pelo clube catarinense.

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“É o começo de uma realização de um sonho”. Com um jeito tímido e arredio com as palavras, o garoto Lucas Rodrigues de Oliveira fica mesmo à vontade para se comunicar é dentro das quatro linhas, onde ele, com apenas 12 anos, já mostra bastante desenvoltura e talento. Talento este, que fez Luquinha, como é carinhosamente conhecido, ser aprovado recentemente para compor a categoria de base do Criciúma.

Lucas participou de uma peneira do clube catarinense realizada em Palmas, que contou com a participação de 300 crianças, e foi um dos escolhidos nessa primeira etapa. Posteriormente, o garoto foi para Criciúma (SC), onde durante o mês de julho último, passou por testes e foi aprovado para compor a categoria de base do clube catarinense.

Um típico garoto que chega a dormir com a bola, sonhando em um dia ser tornar jogador de futebol profissional, sua resposta é firme ao ser questionado sobre qual o seu maior sonho. “Meu sonho é jogar pela seleção”, afirma.

Lucas durante os testes no Criciúma – Foto: Divulgação

A felicidade de Lucas também se estende ao seu pai, José Rodrigues. “Quando recebemos a notícia de que ele foi selecionado, ficamos muito felizes, pois é o início da realização de um sonho”, conta. Rodrigues disse estar ciente das dificuldades que vão ser enfrentadas, mas acredita no sucesso do filho.

“Vamos buscar a realização de um sonho, sabemos da dificuldade que vamos enfrentar em um estado diferente do nosso, principalmente com o clima que é muito frio, mas acreditamos que possa ser realizado”, afirma o pai do garoto. Eles devem embarcar para Criciúma no final deste mês.

Iniciação

O educador físico Joaquim Nunes Amaral conta que Lucas começou na Escola de Iniciação Esportiva Força Olímpica de Porto Nacional com cinco anos de idade. “O professor Antônio Carlos, conhecido como Alemão, viu ele chutando bola na área de laser e aconselhou o pai a matricular ele aqui na escolinha conosco”, conta.

Luquinha ao lado de Joaquim Nunes – Foto: Divulgação

Joaquim disse ainda que já naquela época, percebeu que o garoto tinha o DNA do futebol. “Com o passar do tempo e respeitando seu condicionamento físico, fomos aprimorando o fundamento do futsal, Ele tinha dificuldade em usar a perna direita, ele não sabia chutar com ela, mas hoje ele já faz um excelente chute”, relembra.

Aos 12 anos, Luquinha continua na escolinha e agora parte para o grande salto inicial de sua carreira no esporte em busca da realização do sonho de se tornar um jogador de futebol profissional.

A escolinha

De acordo com Joaquim Nunes, a escolinha de iniciação esportiva é voltada para a formação do cidadão e educacional e atende cerca de 250 crianças nos dois períodos do dia e segunda a quinta. Ela foi criada em 1995 em uma parceria Sesi e Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) e funcionou até o ano de 2004. Naquela época, segundo o educador, o Sesi alegando que Porto Nacional não tinha indústria resolveu se retirar da cidade.

Joaquim junto com equipe da escolinha (Lucas está atrás da bola) – Foto: Divulgação

Depois disso, a então a diretora Regional de Ensino, Joaninha Bernadete, pediu para que Seduc continuasse com o projeto. “A secretaria aceitou a ideia e estamos até hoje com esse trabalho, que nos motiva e continuamos lutando pela permanência da escolinha que muito tem contribuído com a formação de nossas crianças que são o futuro da nossa nação”, comenta.

Sobre o sucesso de Luquinha, Joaquim acredita que o desempenho dele vai incentivar e motivar as crianças. Elas vão se empenhar mais nos fundamentos do futebol e acreditar que a realização de seus sonhos é possível”, pontua.

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