Fundo islâmico custeará projetos de produção de alimentos no Tocantins para países árabes

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A proposta de transformar o Tocantins em um modelo de produção de alimentos voltado para a exportação aos países árabes, bem como ser expandido para o mundo, foi foi defendida durante reunião entre o governo do Estado com representantes e empresários interessados na exportação de produtos produzidos na região para países do mundo árabe.  A audiência ocorreu nesta quinta-feira (17), no Palácio Araguaia.

A audiência, intermediada pelo deputado federal César Halum, que preside o Grupo Parlamentar Brasil-Países Árabes na Câmara Federal, foi uma continuidade da reunião realizada no início de junho deste ano, quando o Governo do Estado assinou Protocolo de Intenções que incentiva a produção de alimentos voltados aos países árabes. “Hoje, o assunto avançou com a presença do supervisor da Capital Of Islamic Economy, Khalid Al Janahi, que sugeriu a criação de um Fundo Islâmico no Brasil para custear a execução dos projetos a serem executados no Estado”, adiantou o governador Marcelo Miranda.

“Atualmente, a economia islâmica está entre as principais do mundo. Atinge cerca de U$ 2.8 trilhões, com previsão de alcançar U$ 3.6 trilhões em 2018, sendo responsável pela movimentação de 18% do dólar no mundo”, exemplificou Khalid Al Janahi, ao defender a criação do Fundo Islâmico no Brasil, para custear a execução dos projetos que serão desenvolvidos no Estado. O Fundo será mantido por países islâmicos. Na opinião dele, o Tocantins deverá ser modelo a ser difundido no Brasil e em outros países, especialmente da América Latina.

A ideia dos representantes e investidores vai ao encontro da proposta do governador Marcelo Miranda, de fortalecer a produção dos municípios tocantinenses. “Devemos impulsionar os municípios de acordo com suas atividades econômicas, de forma que ele possa se planejar para exportar, para crescer”, enfatizou Kalil Karam, secretário executivo do Grupo Parlamentar Brasil – Países Árabes, acrescentando que “com isso, o Tocantins pode se tornar um centro de produção de alimentos voltados para exportação aos países do mundo árabe”.

Zona Especial de Negócios (ZEN)

O maior desafio é efetivar o processo de industrialização com a criação da Zona Especial de Negócios de Exportação (ZEN). Sediada em Porto Nacional, no distrito de Luzimangues, a ZEN deve beneficiar não somente o município de Porto e circunvizinhos, mas todo o Estado do Tocantins. Projeto audacioso com equipamentos de produção e transformação de alimentos foi apresentado ao governador na audiência.

Certificado Halal

Toda exportação brasileira para qualquer país islâmico tem que ter o Certificado Halal. É um processo pelo qual uma agência controlada pelo governo e/ou uma organização islâmica reconhecida, certifica a aptidão das indústrias em praticar os procedimentos Halal na produção, na armazenagem e na comercialização de produtos destinados aos consumidores muçulmanos.

Protocolo de Intenções

Pelo documento assinado em junho, ficou instituída a cooperação institucional entre as partes, visualizando o incentivo e a instalação de indústrias no Tocantins interessadas na produção, no preparo e no processamento de alimentos e produtos destinados ao cumprimento das exigências da Certificação Halal.

O protocolo prevê, ainda, intercâmbio de conhecimento, experiências e informações técnicas, além do desenvolvimento de ações que visem o desenvolvimento conjunto de projetos e programas para incentivar a implantação, no Estado do Tocantins, de indústrias interessadas na produção, preparo e processamento de produtos destinados ao cumprimento das exigências do Halal.

Fotos: Frederick Borges

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