Fogo em base do Naturatins no Parque do Cantão foi retaliação após multa ambiental, diz polícia

Mandante teria recebido multa por pescar e transportar peixes ilegalmente. Ele teria ainda dado uma festa após o crime e depois deixado a cidade.

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A investigação da Polícia Civil sobre o incêndio que destruiu prédios do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) no Parque Estadual do Cantão chegou a conclusão é de que o fogo foi criminoso e em retaliação a multas ambientais aplicadas pelos fiscais do parque a um pescador. O caso foi em maio de 2012

De acordo com o inquérito, o pescador foi o mandante do crime e contratou outra pessoa para atear o fogo. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público do Tocantins pelo crime na última segunda-feira (20).

Nenhum deles teve o nome divulgado pela polícia. A multa que teria motivado a retaliação foi aplicada em 2011, pelo transporte ilegal de 60 quilos de peixe. Os dois vão responder ao crime previsto no Artigo 250 do Código Penal. Apena é prevista é de três a seis anos de prisão, com o agravante de que atingiram um bem público.

Ainda segundo a investigação investigação, após o crime, o pescador que teria encomendado o incêndio deu uma festa e então deixou a cidade. Ele também é investigado por outros crimes ambientais na região e chegou a ser preso em julho de 2019 acusado de estupro de vulnerável. Ele segue preso por esta acusação e agora responde a um novo processo pelo incêndio.

Foto: Divulgação

Na época, o prejuízo foi estimados em mais de R$ 1 milhão de reais aos cofres públicos. O motivo é que o fogo inviabilizou por meses o uso das estruturas do parque e forçou a paralisação de pesquisas e outras atividades que estavam em andamento no Cantão.

O parque ambiental tem 90 mil hectares de extensão e é parte do Sistema Estadual de Unidades de Conservação do Tocantins.