A Polícia Civil de Goiás concluiu as investigações contra Alisson Beserra Santos, proprietário de um PUB em Goiânia, que foi acusado de torturar um funcionário por dois anos, aplicar golpes de até R$ 1 milhão com falsas promessas de aposentadoria e manter um arsenal de armas em casa. Ele está preso preventivamente na Casa de Prisão Provisória (CPP) e foi indiciado por tortura, racismo, estelionato, extorsão e coação.
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Um ex-funcionário de Alisson foi preso por envolvimento na tortura, e a esposa de Alisson, Marília Borges, está foragida. A polícia afirma que ela sabia e participou dos crimes.
Tortura
As investigações revelaram que Alisson torturou Junio Mendes de Freitas, de 50 anos, por dois anos. Junio era sócio na construção do PUB e foi submetido a condições análogas à escravidão, além de ser agredido e ameaçado frequentemente. Alisson alegava que Junio lhe devia dinheiro e o obrigou a transferir bens como carros, dinheiro e imóveis.
Um dos episódios mais graves ocorreu em setembro de 2022, quando Alisson enforcou Junio com a ajuda de um ex-funcionário, utilizando uma corda e ameaçando-o repetidamente até ele desmaiar. Junio fugiu após o incidente e só reapareceu ao saber da prisão de Alisson. O ex-funcionário confessou sua participação, alegando ter agido por medo de também ser torturado.
Golpes
As investigações começaram em junho, após Alisson ser preso por aplicar golpes em vítimas vulneráveis. Ele prometia ajudar com processos de aposentadoria, ganhava a confiança das vítimas, e em seguida utilizava os documentos delas para abrir contas e emitir cheques fraudulentos. Entre as vítimas, estavam uma mãe analfabeta e sua filha, que lutava contra o câncer. O prejuízo causado pelos golpes foi estimado em até R$ 1 milhão.
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Arsenal de armas
Alisson era registrado como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e mantinha um grande arsenal de armas em seu PUB, que utilizava para intimidar as vítimas. A polícia apreendeu diversos itens, incluindo fuzis, pistolas e munições. Entre os objetos apreendidos estavam:
- 01 granada de gás lacrimogêneo
- 01 fuzil calibre 5.56mm com 5 carregadores
- 01 pistola Glock 9mm com 3 carregadores
- Diversas munições e outros armamentos pesados
Além das armas, foi encontrado um distintivo da Polícia Civil. A investigação segue para esclarecer a participação de outros envolvidos e localizar Marília Borges.