Policiais civis cumpriram, na manhã dessa quarta-feira (27), mandados de busca e apreensão na Secretaria Estadual da Saúde, em Palmas. A ação faz parte de mais uma fase da Operação Expurgo, que investiga o escândalo do do lixo hospitalar no Tocantins.
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Pela manhã, policiais civis da agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública -(DRACMA)DRACMA e peritos oficiais cumpriram diligências, com a busca e apreensão de documentos referentes a processos licitatórios, perícia em equipamentos eletrônicos, extração de relatórios de execução financeira, orçamentária e gestão.
A ordem de busca e apreensão foi requerida pelo Ministério Público de Araguaína ao Poder Judiciário após uma denúncia de que documentos relacionados ao escândalo do lixo hospitalar poderiam ser destruídos a qualquer momento. A decisão que autorizou a operação foi emitida nesta terça-feira (26) pelo Tribunal de Justiça.
O material apreendido será submetido a análise investigativa e pericial pela Polícia Civil, sendo parte integrante do inquérito policial em andamento que apura supostas fraudes em licitações.
Escândalo do lixo hospitalar

O escândalo começou após a Polícia Civil encontrar toneladas de lixo hospitalar em um galpão no Distrito Industrial de Araguaína pela Polícia Civil.
O lixo tinha sido recolhido pela Sancil Sanatonio em hospitais de pelo menos três cidades e o galpão onde o material estava era de responsabilidade da Agromaster.
No dia do flagrante, o ex-juiz eleitoral João Olinto tentou impedir que os fiscais realizassem as buscas. Um vídeo mostrou o momento da confusão. O galpão estava registrado como uma fábrica de farinha.
Depois, mais lixo foi encontrado em um caminhão abandonado em um posto de combustíveis em Araguaína e também em uma fazenda da família Olinto.
O contrato que o governo do estado tinha com a Sancil Sanantonio foi encerrado após o começo das investigações.
João e Luiz Olinto chegaram ser presos, mas tiveram as prisões revogadas pela Justiça.
Denunciados
A primeira ação penal no escândalo do lixo hospitalar foi apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) nesta sexta-feira no último dia 8. Ao todo, foram denunciadas seis pessoas e cinco empresas suspeitas de ter envolvimento no caso.
Na lista, estão o ex-juiz eleitoral João Olinto e os filhos dele; Luiz Olinto e Rodolfo Olinto. Os três são parentes do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), que apesar de ser investigado pela polícia no caso, não foi denunciado.
Os outros que foram denunciados são: Ludmila Andrade de Paula, Waldireny de Sousa Martins e José Hamilton de Almeida. Também foram apresentadas denúncias contra as empresas Agromaster S.A, Sancil Sanantonio, Pronorte Empreendimentos, Luon Participações e Teruak Bioenergia.
Os crimes citados na denúncia são de associação criminosa, falsidade ideológica, fraude processual e vários crimes de natureza ambiental.
Já as denúncias de associação criminosa e fraude processual se aplicam apenas a João Olinto, Luiz Olinto e Ludmila Andrade de Paula. Já a parte que fala sobre falsidade ideológica se estende a todos os citados.