A primeira ação penal no escândalo do lixo hospitalar foi apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) nesta sexta-feira (8). Ao todo, foram denunciadas seis pessoas e cinco empresas suspeitas de ter envolvimento no caso.
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Na lista, estão o ex-juiz eleitoral João Olinto e os filhos dele; Luiz Olinto e Rodolfo Olinto. Os três são parentes do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), que apesar de ser investigado pela polícia no caso, não foi denunciado.
Os outros que foram denunciados são: Ludmila Andrade de Paula, Waldireny de Sousa Martins e José Hamilton de Almeida. Também foram apresentadas denúncias contra as empresas Agromaster S.A, Sancil Sanantonio, Pronorte Empreendimentos, Luon Participações e Teruak Bioenergia.
Os crimes citados na denúncia são de associação criminosa, falsidade ideológica, fraude processual e vários crimes de natureza ambiental.
Já as denúncias de associação criminosa e fraude processual se aplicam apenas a João Olinto, Luiz Olinto e Ludmila Andrade de Paula. Já a parte que fala sobre falsidade ideológica se estende a todos os citados.
O Ministério Público pediu que a Justiça ouça 12 testemunhas e solicite as imagens das câmeras de segurança de um posto de combustíveis em Araguaína.

Outro lado
A defesa da família Olinto e Ludmila Andrade de Paula disse que só irá se posicionar em juízo e aos órgãos competentes. Já o advogado de Waldireny de Sousa Martins ainda não se manifestou.
As empresas Agromaster S.A, Sancil Sanantonio, Pronorte Empreendimentos, Luon Participações e Teruak Bioenergia também não se manifestaram.
O escândalo começou após a Polícia Civil encontrar toneladas de lixo hospitalar em um galpão no Distrito Industrial de Araguaína pela Polícia Civil.
O lixo tinha sido recolhido pela Sancil Sanatonio em hospitais de pelo menos três cidades e o galpão onde o material estava era de responsabilidade da Agromaster.
No dia do flagrante, o ex-juiz eleitoral João Olinto tentou impedir que os fiscais realizassem as buscas. Um vídeo mostrou o momento da confusão. O galpão estava registrado como uma fábrica de farinha.
Depois, mais lixo foi encontrado em um caminhão abandonado em um posto de combustíveis em Araguaína e também em uma fazenda da família Olinto.
O contrato que o governo do estado tinha com a Sancil Sanantonio foi encerrado após o começo das investigações.
João e Luiz Olijte chegaram ser presos, mas tiveram as prisões revogadas pela Justiça.
