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A Prefeitura de Porto Nacional decidiu decretar situação de emergência climática na cidade por causa do excesso de chuvas. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Município. O documento explica que o volume de água está prejudicando a colheita da soja. O município é o quarto maior do estado e a economia local gira em torno do agronegócio.
O texto diz ainda que levantamento da Associação dos Produtores de Soja do Tocantins (Aprosoja) indica que menos de 40% da área plantada na cidade pode ser colhida. Mesmo onde houve colheita, parte da produção acabou perdida porque os grãos estavam muito úmidos para serem comercializados.
“A colheita da safra de soja encontra-se com apenas 38,5% do total das áreas plantadas na média, e dessa área colhida, a média de avaria e umidade de grãos gira em média de 33,2%”, explica o decreto.
Os dados da divisão de meteorologia da Secretaria da Agricultura do Tocantins indicam que a cidade já acumula mais de mil milímetros de chuva desde que a colheita começou, no início de fevereiro.
A prefeitura manifestou ainda preocupação com o cenário econômico, uma vez que o custo para produzir aumentou em todo o país por causa da crise econômica gerada pela pandemia. Os insumos agrícolas são frequentemente comprados no mercado externo e negociados em dólar. O temor é que as dificuldades com a colheita aprofundem os problemas econômicos na região.
O decreto não cita ações específicas de enfrentamento da situação. Ele apenas autoriza a Secretaria Municipal de Produção a mobilizar os servidores e recursos necessários para minimizar os danos. Os outros órgãos da administração pública também devem apoiar as ações da secretaria, quando elas forem anunciadas. A validade do decreto é de 90 dias, mas ele foi publicado com prazo retroativo ao dia 18 de março.