Nessa quarta-feira (27), dia previsto para inicio da travessia do rio Tocantins pelas balsas, os moradores se aglomeraram desde do inicio da manhã nos pontos de atracagem da embarcação para protestar. A ponte da cidade foi interditada há 20 dias e a rota alternativa aumenta o percurso em mais de 160 km.
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Entre as reivindicações do moradores está o não pagamento pela travessia da balsa, eles acham injusto a conta pelo descaso com a cidade cair nas costas da população. A ponte que faz a travessia sobre o rio tem mais de quarenta anos, e por mais de uma década apresenta problemas em sua estrutura.
Para começar operar a balsa, a empresa responsável aguardava apenas a vistoria dos bombeiros, que estava sendo feita pela manhã. Porém centenas de manifestantes permanecem no local. Eles dizem que só sairão após serem ouvidos por algum manifestantes do governo.
Um amontoado de pneus postos para bloquear o acesso as balsas chegou a ser incendiado pelos manifestantes. A revolta na cidade é grande com o fato de ter além de ter que pagar a balsa, também não ter nenhuma previsão de quando iniciará a construção de uma nova ponte na cidade.
Os mais prejudicados na história, são os moradores dos distrito que ficam na outra margem do rio. Eles relatam que a interdição da ponte sem medidas para amenizar os impactos causado tem prejudicado as famílias que moram na região.
Muitos, trabalham e estudam do outro lado, e os produtores também ficam prejudicados, pois não tem como comercializar sua produção. Eles reclamam também que a distancia para a balsa é longa para pedestre e que para veículos, como moto por exemplo, terão que desembolsar cerca de R$ 80 por mês para ir trabalhar, mais o gasto com combustível.
Interdição
O governo interditou por completo a ponte no último dia 7, alegando que a medida foi tomada por precaução até que os serviços topográficos fossem finalizados.
O governo disse que a decisão foi tomada devido as avaliações sobre o risco de desabamento da estrutura. Porém, a ponte já estava parcialmente interditada, enquanto eram realizados os trabalhos de avaliação da estrutura.
A decisão causou revolta na população por não ter sido tomadas as medidas necessárias para amenizar os impactos com a interdição. Os protestos vinham principalmente das famílias que ficaram isoladas na margem direita da ponte. A rota alternativa aumenta em mais de 160 km o percurso.
Quatro dias após interdição da ponte o governo disponibilizou ‘voadeiras’ da Defesa Civil para fazer a travessia de pedestres.
A novela da nova ponte
A anunciada nova ponte sobre o rio Tocantins continua sendo muito esperada pela população de Porto Nacional. Uma grande festa foi promovida na cidade pelo governo do estado e prefeitura local para marcar a assinatura da ordem de serviço. A previsão na época, era que o início da obras seria outubro de 2017, mas até agora não começou.
O governo do estado alegou que os recursos do financiamento, no valor atualizado de R$ 130 milhões, ainda não foram liberados pela CAIXA, mas a expectativa é que isso aconteça em breve. Um breve que ao passar dos anos ainda não chegou.9
A nova ponte terá 1.488 metros de extensão, sendo 1.088 m de armação de concreto e 400 metros de aterro. De acordo com informações da Ageto, chegou a ser realizadas todas as sondagens e concedidas as licenças ambientais à Rivoli do Brasil S.P.A, empresa ganhadora da licitação.
Posteriormente, a Justiça proibiu a Caixa de fazer empréstimos ao estado. Um deles seria para construir a nova ponte de Porto Nacional.
Posteriormente a a empresa que venceu aquela licitação para construção da ponte foi impedida pela Justiça de fazer o trabalho.
O Ministério Público recomendou ao estado que não faça uma nova licitação sem ter recursos definidos para este fim.
Fotos dos protesto:
Vídeos e fotos: Divulgação