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Os dois suspeitos de incendiar um ônibus escolar em Lajeado, no mês de abril, a mando de uma facção criminosa, foram presos em Palmas, na manhã desta quarta-feira (23). Os jovens, de 18 e 21 anos, se apresentaram à Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) acompanhados dos respectivos advogados, após o juiz expedir mandados de prisões preventivas.
O advogado Zenil Drumond, que representa Jackson de Souza Soares, de 21 anos, disse que o cliente é inocente. “Não foi ele quem incendiou. Ele não tem ligação com facção criminosa, não tem contra si processo penal, nunca foi preso ou apreendido. Essa é a primeira vez que meu cliente é investigado por um fato criminoso”.
Nesta quarta-feira, a defesa deve entrar com pedido de revogação de prisão preventiva. Os suspeitos foram encaminhados para a Casa de Prisão Provisória de Palmas.
A defesa de Lucas Gomes Ribeiro entende que a prisão preventiva é injusta e desproporcional. Disse que o investigado é réu primário, de bons antecedentes, possui residência fixa e trabalho lícito e que, após ficar sabendo da decretação da prisão preventiva, se apresentou espontaneamente ao delegado que preside as investigações e negou ter qualquer tipo de participação no crime.
O advogado Júnior Suarte disse também que o cliente também negou qualquer tipo de envolvimento com facção criminosa e alegou desconhecer o teor da carta aprendida próxima ao ônibus.
O Ministério Público Estadual e o delegado de Polícia Civil, Hismael Athos, responsável pelo caso, haviam pedido a prisão dos suspeitos no início deste mês. No entanto, a Justiça estabeleceu medidas cautelares e uso de tornozeleira eletrônica para ambos.
Durante uma operação da Polícia Civil realizada no dia 10 deste mês, policiais foram até a casa dos suspeitos em Lajeado com o intuito de cumprir mandados judiciais, mas eles não foram encontrados, razão pela qual o delegado Hismael, titular da Deic, reiterou o pedido de prisão.
O crime aconteceu dia 11 de abril deste ano. O veículo, que era usado para transportar crianças e adolescentes, estava estacionado na garagem municipal da cidade quando foi incendiado. No local foi encontrada uma carta com duas assinaturas, que seriam de membros de uma facção criminosa.
Os suspeitos afirmaram que o ataque teria sido motivado por supostas agressões sofridas por detentos no presídio de Gurupi. A carta começa citando o nome da facção criminosa e termina com uma ameaça. “Fim da opressão ou continuaremos atacando”. (Veja abaixo)
O crime motivou uma operação da Polícia Civil, nos principais presídios do estado, no dia 10 deste mês. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em alas da Unidade de Segurança Máxima de Cariri, Unidade Prisional de Gurupi e no presídio do Barra da Grota em Araguaína.
As investigações apontam que o ataque foi ordenado após a Polícia Penal transferir presos de Palmas para o interior do Tocantins.
Por G1