Um motorista de aplicativo, de 38 anos, está entre os quatro homens que, segundo a Polícia Militar, morreram durante uma troca de tiros com equipes do Batalhão de Choque na tarde da última terça-feira (29), na zona rural de Varjão (GO). Na tarde desta quinta-feira (31), a Polícia Civil anunciou que montou uma força tarefa para investigar o caso. A família de Fábio Júnior Oliveira Santos disse que ele estaria trabalhando quando foi morto com tiros no rosto.
>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Fábio Júnior foi visto com vida pela última vez no final da madrugada da última terça-feira (29), quando saiu da casa onde morava com a mulher e filhos, em Senador Canedo, para trabalhar como motorista para um aplicativo.
No final da tarde de quinta-feira, familiares encontraram o corpo dele no Instituto Médico Legal (IML) de Aparecida de Goiânia e teriam sido informados que ele havia sido morto junto com outros três homens durante uma troca de tiros com policiais militares.
Conforme a ocorrência registrada pela PM, policiais do Batalhão de Choque receberam uma denúncia anônima dizendo que criminosos fortemente armados atacariam fazendas na tarde de terça-feira (29), perto de Varjão. Em patrulhamento pela zona rural, equipes do Choque teriam localizado os assaltantes, que estavam veículo Classic, perto da entrada da Fazenda São Sebastião.
Ainda segundo a ocorrência registrada pela PM, quando abordados, os quatro ocupantes do veículo teriam descido atirando contra os policiais, que revidaram.
Após o suposto confronto, que deixou os todos os ocupantes do veículo mortos, os PMs apresentaram três revólveres, uma espingarda, uma toca ninja e um alicate corta vergalhão, que estariam com os suspeitos.
Fábio Júnior era o único que estava com documentos. Contudo, a morte dele não foi comunicada à família. Isso chamou a atenção da Polícia Civil.
Para as investigações foi montada uma força tarefa e solicitada a perícia no veículo, e no corpo do motorista para descobrir de quais armas saíram os disparos que o atingiram. O delegado Regional de Trindade, André Fernandes, informa que nos próximos dias vai solicitar uma reconstituição do confronto.
“Amanhã cedo nós vamos ouvir os familiares, e já estamos em contato com o aplicativo para descobrir se no momento em que houve o confronto o Fábio Júnior estava fazendo, ou não, uma corrida”, declarou.
Lourenço de Oliveira, que é pai do motorista, disse em entrevista que ficou assustado ao ver o rosto do filho dilacerado pelos disparos. Ele implorou por justiça. Fábio é o segundo motorista de aplicativo assassinado em serviço em menos de 20 dias na região metropolitana de Goiânia.
A morte dele provocou uma onda de protestos realizados desde a noite de quarta-feira (30) em vários pontos de Goiânia. A manifestação terminou na tarde desta quinta-feira, na porta da Secretaria da Segurança Pública de Goiás. (Por Mais Goiás)