Em Goiás: golpistas que se passavam por delegados para aplicar golpes na internet são presos pela polícia

Estelionatários teriam feito vítimas no Pará, e em pelo menos outros dois estados. Suspeito de liderar o grupo havia saído há poucos dias prisão e era monitorado por tornozeleira eletrônica.

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Quatro suspeitos de integrar uma quadrilha que aplicava golpes pela Internet foram presos nesta quarta-feira (3) durante operação coordenada pelo 15º Distrito Policial de Goiânia. As investigações apontam que o líder do grupo criminoso, que já tem condenação por roubo e homicídio, e era monitorado por tornozeleira eletrônica, se passava por delegado da Polícia Civil de Goiás para extorquir as vítimas.

Conforme as investigações, para atrair homens de boa situação financeira, os estelionatários criavam perfis falsos em sites de relacionamentos onde se apresentavam com fotos de fossem mulheres novas e bonitas. Quando o contato era feito, os criminosos forneciam um número de Whatsapp, e, posteriormente, à medida em que a conversa fluía, passavam a trocar fotos íntimas.

Dias depois das conversas e trocas de imagens, os homens eram procurados, desta vez por ligação de voz, por uma pessoa que se identificava como sendo um delegado. Na ligação, o suposto policial afirmava que tinha uma investigação em andamento por pedofilia, e que, para não pedir a prisão, nem expor o nome desta pessoa na mídia, precisava de uma considerável quantia em dinheiro.

Pelo que foi apurado, os estelionatários teriam feito vítimas no Pará, e em pelo menos outros dois estados. A Polícia Civil não divulgou nomes, nem idades dos suspeitos, mas afirmou que o homem apontado como líder da quadrilha havia saído há poucos dias do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Além das prisões, a polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos quatro acusados. A expectativa é que o material recolhido ajude a comprovar os crimes, e a identificar novas vítimas. Os presos responderão por estelionato, extorsão, e associação criminosa.

Foto: Divulgação

*Com informações do Mais Goiás