O diretor do Colégio Estadual da Polícia Militar João Augusto Perillo da cidade de Goiás (GO) e outros dois militares foram afastados da unidade de ensino após denúncia de suposta revista íntima contra alunos com idades entre 14 e 15 anos. Caso teria acontecido no banheiro da unidade na última sexta-feira (18). Policiais supostamente procuravam por drogas.
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A assessoria do Ministério Público (MP) informou que o órgão instaurou inquérito para investigar o caso após denúncia de pais de dois estudantes. O promotor responsável pelo caso, Edivar da Costa Muniz, aguarda um relatório que é elaborado pelo Conselho Tutelar.
A reportagem tentou contato com os conselheiros e foi informada de que só haverá manifestação após a confecção do documento para que não sejam repassadas informações erradas.
Segundo relatos de uma estudante, os alunos foram obrigados a ficarem nus nos banheiros para passarem por revista íntima. A garota, que não teve o nome revelado, afirma que havia uma policial no banheiro feminino e um policial no sanitário masculino.
No local, eles teriam sido obrigados a tirar a roupa e realizarem agachamentos por cinco vezes. A aluna disse ainda que se sentiu invadida com a ação e não quer voltar à escola por conta do ocorrido. Revista teria acontecido após denúncia de que alunos estariam envolvidos com tráfico de drogas.
A mãe da estudante afirma que os pais e o Conselho Tutelar não foram chamados para fazer o acompanhamento da revista, que a mulher descreve como violenta.
Em nota, o Comando de Ensino da Polícia Militar, informou que afastou os militares supostamente envolvidos da unidade escolar. Um procedimento administrativo disciplinar também foi instaurado para apurar as circunstâncias da denúncia.
A Secretaria de Educação também foi procurada, mas ainda não emitiu pronunciamento. (Por Mais Goiás)