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As Nações Unidas celebram neste 2 de abril o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo sob o lema “Capacitando mulheres e meninas com autismo”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, aproveitou a data para lembrar a reafirmação do “compromisso de promover a plena participação de todas as pessoas com autismo na sociedade e garantir o apoio necessário para que estas possam exercer seus direitos e liberdades fundamentais”.
As comemorações do Dia Mundial da Conscientização do Autismo também querem envolver mulheres e meninas com as organizações que as representam na formulação de políticas e decisões para abordar os desafios que elas enfrentam. A Assembleia Geral da ONU realiza uma série de eventos sobre a data na próxima quarta-feira (4), como debates com especialistas e ativistas para discutir questões específicas de mulheres e meninas com autismo.
Os temas abordados incluem os desafios e as oportunidades para o pleno exercício dos seus direitos em áreas como casamento, família e paternidade com igualdade de oportunidades.
Desafios
Em novembro de 2017, a Assembleia Geral adotou uma resolução chamando a atenção para os desafios específicos de mulheres e meninas com deficiência para implementar a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Essa decisão manifesta preocupação porque mulheres e meninas nessa situação estão sujeitas a “formas de discriminação diversas e interligadas, que limitam o usufruto de todos os seus direitos humanos e liberdades fundamentais”.
A ONU diz que as meninas com deficiência são menos propensas a terminar o ensino fundamental e têm maior probabilidade de serem marginalizadas ou terem acesso negado à educação.
De acordo com a organização, as mulheres com deficiência apresentam uma taxa de emprego mais baixa do que os homens na mesma situação e do que as mulheres sem deficiência.
Violência
A nível global, as mulheres com deficiência têm mais probabilidades de sofrer violência física, sexual, psicológica e econômica do que os homens. Outro problema é a desigualdade causada pela discriminação e pelo estigma associado ao gênero e à deficiência.
Os resultados da falta de acessibilidade e dos estereótipos são barreiras aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e à informação sobre educação sexual abrangente. As mais afetadas são particularmente mulheres e meninas com deficiência intelectual, que inclui o autismo. (Agência Brasil)