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Por participar da quadrilha que praticou diversos crimes de furto eletrônico no Tocantins, Divino Gonçalves da Silva foi condenado a cinco anos e 20 dias de reclusão, em regime semiaberto . Segundo a ação penal proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), ele era responsável pela obtenção e funcionamento do programa de computador que capturava os dados bancários das vítimas e desviava dinheiro para diversas contas-correntes de terceiros.
Conforme consta na ação, a investigação não conseguiu apurar o montante de recursos desviados pela quadrilha, que também cometia crimes em Goiás e em Minas Gerais. No Tocantins, concentrava-se em Gurupi. Contudo, as provas materiais e testemunhais demonstraram que o desvio de dinheiro de correntistas de vários bancos ocorreu por bastante tempo. Dentre as instituições afetadas, a autoridade policial listou a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Bradesco e o Itaú. Os crimes ocorreram em 2005.
De acordo com o inquérito policial, o esquema se dava da seguinte forma: mediante o envio de e-mails falsos infectados com trojan (cavalo de tróia), os criminosos conseguiam instalar o programa espião no computador pessoal das vítimas, vigiando todas as suas operações eletrônicas e capturando dados bancários, senhas, contas e dados pessoais. De posse dessas informações, a quadrilha aliciava pessoas alheias ao fato que alugavam suas contas-correntes. Desse modo, o grupo conseguia tanto o recurso como as contas para efetuar pagamento de boletos diversos e realizar compras eletrônicas.
Ainda segundo o MPF, pelo menos nove criminosos que participaram dessa mesma organização foram condenados em outras ações penais. Divino Gonçalves da Silva foi enquadrado por furto qualificado e associação criminosa. A decisão cabe recurso e ele poderá em liberdade.
Foto: Divulgação/Ilustrativa