Caso Bruno Calaça: ex-PM acusado de matar médico é condenado a mais de 23 anos de prisão

Crime aconteceu em Imperatriz (MA). Após cerca de 12 horas de julgamento, o conselho de sentença considerou o réu culpado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, mediante emboscada.

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O ex-policial militar do Maranhão, Adonias Sadda, foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato do médico Bruno Calaça. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (30) no Fórum de Justiça de Imperatriz, a 629 km de São Luís, e foi presidido pelo juiz Glender Malheiros.

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Bruno tinha acabado de se formar em medicina numa faculdade de particular em Porto Nacional quando foi morto.

Bruno
Foto: Divulgação

Após 12 horas de julgamento, o conselho de sentença considerou Adonias culpado por homicídio qualificado por motivo fútil e mediante emboscada. O Ministério Público do Maranhão apontou que o crime foi cometido por “causas banais e insignificantes”. Adonias, que já estava preso, foi encaminhado de volta ao presídio após a condenação.

O crime

O assassinato ocorreu em 26 de julho de 2021, dentro de uma boate em Imperatriz. Câmeras de segurança flagraram o momento em que Adonias atira contra Bruno Calaça. O ex-PM foi preso logo depois e acabou expulso da corporação.

Câmera de segurança registrou o crime
Outros envolvidos ainda serão julgados

Além de Adonias, Ricardo Barbalho (bacharel em Direito) e Waldex Cardoso (empresário) também respondem pelo crime. Ambos aparecem nas imagens conversando com Adonias antes do ataque.

  • Ricardo Barbalho é acusado de homicídio qualificado, pois teria instigado a abordagem e revistado Bruno à procura de uma suposta arma – que não foi encontrada.
  • Waldex Cardoso responderá pelo crime de favorecimento pessoal, por ter ajudado Adonias a fugir do local.

Ambos seguem em liberdade e ainda não há data para os julgamentos.

Envolvidos no assassinato de médico em Imperatriz (MA).
Foto: Reprodução
Versão do ex-PM foi desmentida por laudos

Em depoimentos à polícia, Adonias alegou que o tiro foi acidental e que atirou após ser atingido por um chute da vítima. No entanto, um laudo pericial desmentiu essa versão, mostrando incompatibilidade entre a lesão relatada pelo PM e as imagens da câmera de segurança.

Histórico de agressão

Cinco anos antes do crime contra Bruno, Adonias Sadda foi acusado de abuso de autoridade por dar um soco em uma advogada durante uma abordagem policial. A vítima relatou que, ao questionar a apreensão de um veículo, foi agredida brutalmente pelo PM. No entanto, ele acabou absolvido no caso.