Carlesse é condenado por usar bloqueador de celular clandestino no palácio do Araguaia e perde direitos políticos

Sentença também o proíbe o ex-governador de assumir qualquer cargo ou mandato eletivo e o condena a pagar quase R$ 80 mil em multas.

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O ex-governador Mauro Carlesse foi condenado pelo crime de atividade clandestina de telecomunicação por usar um bloqueador de sinais telefônicos no Palácio Araguaia em 2018. Porém, ele não cumprirá pena de detenção. Em sua decisão, o juiz federal Adelmar Aires Pimenta da Silva substituiu a detenção por duas restrições: o pagamento de 10 salários mínimos (cerca de R$ 13,2 mil) para alguma entidade a ser definida e a proibição de exercer cargo público ou mandato eletivo por dois anos e quatro meses.

O ex-governador terá os direitos políticos suspensos pelo mesmo período e também deverá pagar multa de R$ 64,8 mil. O juiz destacou que a conduta de Carlesse abalou a confiança dos eleitores e prejudicou a imagem do Poder Executivo Estadual.

A defesa de Carlesse discorda da sentença e recorreu para reformá-la, alegando que o aparelho já estava no gabinete quando assumiu o governo e que não estava sendo utilizado. Durante o processo, o ex-governador se negou a aceitar um acordo com o Ministério Público e alegou que o aparelho foi deixado pelo ex-governador Marcelo Miranda.

Os policiais federais encontraram o bloqueador durante busca e apreensão no Palácio Araguaia em 2018, quando investigavam o uso da máquina nas eleições de 2018. O uso não autorizado de bloqueadores é considerado crime. O Ministério Público denunciou Carlesse após a apreensão do aparelho.