Acusado de obrigar jovem entrar na própria cova antes de ser morto a facadas é condenado e 28 anos de prisão

Crime brutal aconteceu em setembro de 2023, em Paraíso do Tocantins.

Em um julgamento realizado no Fórum da Comarca de Paraíso do Tocantins, o Tribunal do Júri condenou um jovem de 25 anos, identificado apenas pelas iniciais D.P.C., a 28 anos e 22 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O acusado foi considerado culpado pelo assassinato brutal de Wriel Hélio Rodrigues de Oliveira. A condenação foi proferida na última sexta-feira (21).

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O crime aconteceu ocorrido em 22 de setembro de 2023, no setor Vila Regina. Na época, As investigações da Polícia Civil identificou D.P.C. como o principal autor do crime, que também contou com a participação de um adolescente, atuado como cúmplice.

Wriel foi morto a golpes de faca e seu corpo, encontrado em estado avançado de decomposição em uma cova rasa no dia 11 de novembro de 2023.

Detalhes do crime

As investigações revelaram que Wriel foi atraído por D.P.C., que se dizia seu amigo, para um ponto de venda de drogas, sob o pretexto de consumir substâncias entorpecentes. Vulnerável por ser dependente químico, a vítima não desconfiou da armadilha.

No local, Wriel foi torturado e, posteriormente, levado às margens de um córrego, onde foi obrigado a cavar a própria cova. Após ser obrigado a entrar na cova rasa, a vítima recebeu múltiplos golpes de faca que resultaram em sua morte.

Corpo de Wirias foi encontrado em estado avançado de decomposição.
Foto: Divulgação/SSP-TO

O delegado Antônio Onofre destacou a crueldade do crime. “A vítima foi submetida a intenso sofrimento físico e, ainda com vida, teve seu corpo aberto por repetidos golpes de faca. O crime foi praticado com requintes de crueldade, demonstrando frieza e total desprezo pela vida humana”, afirmou.

Motivação do crime

As investigações apontaram que o homicídio foi motivado por uma suposta delação. D.P.C. teria descoberto que Wriel estaria conversando com policiais militares sobre o desaparecimento de outro jovem. Esse fato teria desagradado o acusado, que planejou e executou o assassinato como forma de retaliação.

Julgamento e condenação

Após mais de 10 horas de julgamento, os jurados do conselho de sentença votaram pela condenação de D.P.C. pelos crimes de homicídio qualificado, corrupção de menor e ocultação de cadáver. A juíza responsável pelo caso aplicou a pena de 28 anos e 22 dias de prisão em regime fechado. O réu, que já cumpria prisão preventiva, foi encaminhado à Unidade Penal Regional de Paraíso para iniciar o cumprimento da sentença.