Acusado de matar médico dentro de unidade de saúde em Sta. Rosa do TO é condenado a 19 anos e 3 meses de prisão

Réu confessou o crime que aconteceu em 2020. Hanilton Bosso Araújo foi condenado por homicídio triplamente qualificado e começa a cumprir a pena em regime fechado.

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O Juri Popular condenou Hanilton Bosso Araújo a 19 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato do médico Ricardo Maciel Catuladeira Miranda. O crime aconteceu em 2020, dentro da unidade de saúde de Santa Rosa do Tocantins. O julgamento aconteceu no Fórum de Natividade, na região sudeste do estado, nesta quarta-feira (17).

Na sentença, o juiz o condenou por homicídio triplamente qualificado, sem a possibilidade de a vítima se defender. Hanilton começa a cumprir a pena em regime fechado. Hanilton saiu do plenário preso.

A família está aliviada. “Alívio e a certeza que a justiça dos homens ainda podemos confiar. Agora a minha mãe pode descansar em paz por essa vitória no qual ela tanto lutou. E a memória do meu irmão continua honrada do homem que ele sempre foi”, comenta a irmã do médico, Bruna Maciel Catuladeira Nascimento.

Durante a sessão, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e duas de defesa. A defesa pediu para que o crime fosse considerado de lesão corporal seguida de morte.

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O condenado ainda pode recorrer da decisão. Hanilton confessou o crime e estava em liberdade desde março de 2021. Na época, a Justiça entendeu que não havia indícios de ameaça do acusado contra testemunhas ou manipulação de provas. Ele chegou a alegar que agiu em legítima defesa.

O crime

O médico Ricardo Catuladeira tinha 55 anos, era do Rio de Janeiro e atuava em Santa Rosa há um ano. Ele foi morto a facadas dentro unidade no dia 1º de dezembro de 2020. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Hanilton sai da unidade com as pernas e pés ensanguentados.

suspeito cam2

O laudo necroscópico concluiu que o médico foi atingido por oito facadas ao todo, pelo menos seis delas na região dos órgãos vitais. O suspeito foi preso em Silvanópolis no dia seguinte ao crime.

A principal linha de investigação da polícia foi que o crime tenha sido motivado por ciúmes, pois a esposa do réu tinha trabalhado com o médico na unidade de saúde. A decisão de levar o caso a júri popular saiu ainda em 2021.